A Petrobras disse ao governo que vence neste mês o prazo máximo para que a sonda de perfuração destinada às pesquisas na margem Equatorial entre em operação sem que o Ibama tenha sinalizado que delibera a licença.
A situação chegou ao Palácio do Planalto e, há cerca de um mês, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tenta marcar uma reunião com o Ibama sem sucesso.
A petroleira afirma que o contrato com a dona da sonda tem validade até outubro e é preciso ao menos cinco meses para a realização das perfurações necessárias para a pesquisa.
Até o momento, a Petrobras pagou R$ 1 bilhão em processos e preparativos para esse licenciamento do Ibama. Somente com a sonda, são R$ 2,5 milhões por dia com o aluguel.
No mês passado, o Ibama aprovou o plano apresentado pela Petrobras de limpeza da sonda e, desde então, a estatal disse ao governo que não consegue sequer saber se a análise da licença está avançando.
A Petrobras afirmou que até a última exigência do Ibama, a construção de um centro de reabilitação de fauna e flora em Oiapoque, foi entregue.
Na apresentação enviada ao governo, a estatal informa que a região tem potencial de 10 bilhões de barris de petróleo, o que exigirá investimentos de US$ 56 bilhões, gerando R$ 200 bilhões de arrecadação de tributos.
Com Stéfanie Rigamonti