O crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre fechou em 5,4%, em comparação com o período no ano anterior, às vésperas da escalada de tarifas com os Estados Unidos. Economistas ouvidos por agências ocidentais previam entre 5,1% e 5,2%.
O consumidor chinês foi um dos responsáveis pelo resultado. As vendas no varejo subiram 5,9%, também em comparação com o período no ano anterior, com a alta concentrada em março, o terceiro mês.
Por outro lado, na comparação com o trimestre anterior, o crescimento econômico foi de 1,2% –abaixo do que havia sido registrado no último trimestre do ano passado, de 1,6% em relação ao trimestre anterior.
Os números foram anunciados na manhã desta quarta (16) pelo Escritório Nacional de Estatísticas, que alertou para o “ambiente externo mais grave e complexo”. Segundo um dos diretores, Sheng Laiyun, “o impulso para o crescimento da demanda interna é insuficiente e a base para um crescimento sustentado ainda não está consolidada”.
Em 16 de março, a China anunciou um pacote de estímulo ao consumo, com medidas para a renda das famílias e o setor imobiliário, entre outras. Ele deve ser complementado nas próximas semanas por ações na mesma direção, agora em debate.
As medidas de incentivo à economia começaram em meados de setembro e garantiram a meta de crescimento para o ano, de 5%. Para 2025, a meta é novamente de cerca de 5%, percentual ameaçado pelas restrições no comércio com os EUA.