/ Apr 19, 2025

Alimentos da Páscoa têm menor pressão no bolso dos consumidores – 17/04/2025 – Vaivém

O consumidor chega à Semana Santa com uma pressão menor nos preços dos itens básicos para esse período específico do ano. Bacalhau, merluza, azeite, azeitona, batata, cebola estão com preços mais ajustados ao bolso do consumidor do que os de há um mês. Há, claro, exceções, como a do tomate, que disparou nas últimas semanas.

É o que mostra pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgada nesta quinta-feira (17). Os dados comparam os preços médios dos últimos 30 dias, terminados nesta terça-feira (15), em relação aos de igual período imediatamente anterior.

Os baixos reajustes ou até as quedas nos últimos 30 dias não significam que os preços estão muito favoráveis aos consumidores. Isso porque alguns deles têm um reajuste acumulado muito elevado em 12 meses.

O bacalhau, a vedete da alimentação nesse período, está com preços estáveis em 30 dias, mas já tinha subido 5% nos 30 dias imediatamente anteriores. Em 12 meses, até o final de março, a alta foi de 6%.

Esses reajustes acompanham a evolução do produto no mercado externo. As importações brasileiras somaram 9.672 toneladas de janeiro a março, ao preço médio de US$ 8,1 por kg, 5% a mais do que os valores de há um ano. Em alguns casos, dependendo do tipo de bacalhau, o valor médio por quilo ultrapassa US$ 15. Em 2024, as importações totais de bacalhau somaram 24 mil toneladas, no valor de US$ 199 milhões, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

A merluza, outra opção ao bacalhau, está com alta de 2% nos últimos 30 dias, segundo a Fipe. As importações do produto recuaram para 6.287 toneladas no primeiro trimestre, com redução de 9% em relação a igual período de 2024. O preço médio de importação foi de US$ 3,94 por kg, 8% a mais do que no ano passado.

A pescada tem um dos principais aumentos em 30 dias. Nos números da Fipe, a alta foi de 4,1%, mas acumula apenas 1,5% em 12 meses. A sardinha ficou 1% mais barata em março, e a em lata subiu 0,33%.

Outro item importante nesse período de Páscoa é o azeite. Os preços haviam disparado no ano passado, devido à queda de produção na União Europeia. A recomposição da safra mais recente elevou os estoques e diminuiu os preços praticados no continente europeu. Isso refletiu no comércio mundial, principalmente no Brasil, um grande importador.

Segundo a Fipe, o azeite caiu 3% nos últimos 30 dias em São Paulo, mas ainda acumula alta de 6%, quando comparados os preços atuais com os de há um ano. A azeitona, também com maior produção mundial, sobe menos neste mês, mas ainda acumula alta de 22% em 12 meses.

O consumidor tem alívio no bolso também nos complementos que acompanham os pratos feitos com peixe na Páscoa. A cebola custa 50% a menos neste ano, em relação ao valor do ano anterior, e a batata teve queda de 45%.

A exceção fica para o tomate, que, após aumento de 32% em março, mantém tendência de alta. Acumula evolução de 46% nos últimos 30 dias até meados de abril. Uma boa notícia para o consumidor é que os preços começam a recuar no campo, devido à intensificação da segunda parte da safra de verão, segundo o Cepea).

O reajuste do ovo também perdeu força. Após aumento de 31% de janeiro a março, os preços dos últimos 30 dias até 15 de abril aumentaram apenas 1,4%. A forte alta dos preços dos ovos ocorreu devido a uma redução mundial da proteína, principalmente nos Estados Unidos. O Brasil obteve um recorde em exportação de ovos para os americanos neste ano.

Se peixes e vegetais não tiveram uma aceleração de preços nesta semana de Páscoa, o mesmo não pode ser dito do chocolate. A queda na oferta do produto elevou os preços mundiais para patamares recordes, o que afetou também o Brasil. Em março, a alta foi de 4%, com o acumulado em 12 meses ficando em 22%, segundo a Fipe.

A inflação geral da segunda quadrissemana de abril recuou para 0,25% na cidade de São Paulo, e acumula 4,9% em 12 meses. Já os alimentos, embora estejam com ritmo menor de alta, ficaram 0,91% mais caros para os paulistanos, acumulando 7,64% em 12 meses.


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