As exportações do famoso queijo Grana Padano, da Itália, atingiram um recorde no ano passado, segundo a associação de produtores, que expressaram preocupação com o impacto das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Trump discutiu as tarifas com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni na quinta-feira (17), uma semana depois de anunciar uma pausa de 90 dias nas taxas de 20% para a maioria dos produtos importados da Europa, mas deixou em vigor uma tarifa mínima padrão de 10%.
O presidente americano disse estar confiante de que chegará a um acordo com a União Europeia a respeito da imposição de tarifas.
“Claro que haverá um acordo comercial, com certeza. Eles querem muito fazer um acordo. E nós vamos fazer um acordo comercial. Eu espero isso plenamente. E será um acordo justo”, disse Trump.
Ele afirmou que não tem pressa para chegar a um desfecho e que isso ocorrerá em “algum momento”.
Em 2024, a Itália exportou 51,2% de sua produção total de 5,6 milhões de rodas de Grana Padano, um aumento de 9,2% em relação a 2023, informou a associação de produtores Consorzio Tutela Grana Padano em um comunicado na quarta-feira.
O Grana Padano é um queijo sazonal e duro, normalmente ralado para guarnecer pratos de massa. Cada roda de Grana Padano pesa de 24 a 40 kg, exigindo até 500 litros de leite de vaca.
Outra variedade certificada é o Parmigiano Reggiano, cuja produção total é menor, atingindo cerca de 4,1 milhões de rodas de queijo.
Os EUA foram o terceiro maior mercado de exportação do Grana Padano, atrás da Alemanha e da França, com um aumento de 10% nas vendas em relação ao ano anterior, informou a associação. As exportações geram cerca de 2,2 bilhões de euros por ano, observou a associação.
Renato Zaghini, presidente do órgão comercial, referiu-se às tarifas dos EUA como “séria desvantagem”, mas permaneceu confiante de que os produtores sejam capazes de resistir, a exemplo do que fizeram quando Trump introduziu outras tarifas em seu primeiro mandato presidencial.