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Chapéu no Guardiola foi de propósito, diz Raí na CasaFolha – 19/04/2025 – Esporte

O São Paulo estava tenso no dia 13 de dezembro de 1992. Vencer o Mundial de Clubes nunca tinha sido uma possibilidade tão concreta para a equipe paulista, mas, ao mesmo tempo, parecia um sonho distante. Seu adversário, o todo-poderoso Barcelona, era franco favorito.

Como capitão e maior craque do time, Raí sentia que precisava fazer alguma coisa. Antes do jogo, reuniu os companheiros e deu uma breve palestra motivacional. Depois que o juiz apitou, transformou as palavras em ação logo aos quatro minutos do primeiro tempo.

“Quando senti essa tensão, a primeira jogada que fiz foi um chapéu de chaleira no Guardiola”, relembra Raí. “Foi uma coisa de propósito”, conta o ídolo tricolor em seu curso na CasaFolha, disponível no site casafolhasp.com.br.

Pouco importa que ele tenha perdido a bola logo após o chapéu na jovem promessa da seleção espanhola; seu objetivo era ajudar o time a relaxar. “Acho que aquilo quebrou o gelo”, afirma.

Oito minutos mais tarde, o Barcelona abriu o placar, e mais uma vez coube ao líder segurar a bola e dizer aos companheiros que não havia motivo para desespero. E não havia mesmo, porque Raí marcou dois gols e deu o título inédito ao São Paulo.

Raí tinha então 27 anos e já havia se habituado à braçadeira de capitão, com todo o peso de seu significado. Mas, como ele revela na CasaFolha, nem sempre foi assim. “A minha experiência de liderança me surpreendeu”, afirma na plataforma de streaming lançada pela Folha no ano passado.

Natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Raí começou a jogar pelo Botafogo, um dos times da cidade. Sempre tímido, fechado, demorava para se sentir à vontade; assumir o protagonismo dentro do grupo mal passava pela sua cabeça. Mas uma situação de injustiça mudou isso.

Embora devesse salário a vários jogadores, o Botafogo anunciou algumas contratações importantes, como se fosse algo bom para a equipe. Raí, então com 20 anos, pediu a palavra e protestou. “Foi mais forte do que eu. E aí ganhei o respeito dos outros”, relembra.

Hoje, com a experiência de quem foi capitão do Botafogo, do São Paulo, do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, o craque olha para trás e compartilha na CasaFolha muitas das lições que aprendeu ao longo da carreira.

Seu curso, chamado “Mentalidade de atleta: do esporte para a vida”, é um dos 20 que a plataforma de streaming oferece, com grandes personalidades de diferentes áreas do conhecimento.

Também estão no time da CasaFolha nomes como o do escritor Itamar Vieira Junior, que ensina escrita criativa, o do cineasta José Padilha, que fala sobre a arte de contar histórias, e o do ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisar a economia.

Além disso, novos conteúdos são incluídos todos os meses. No dia 10 de abril, por exemplo, estreou o curso de Aline Wolff, psicóloga da ginasta Rebeca Andrade, com aulas sobre equilíbrio emocional; no dia 29, será a vez de Helena Rizzo, que já foi eleita a melhor chef mulher do mundo, com dicas de alta gastronomia para usar em casa.

Assim como Raí, todos usam suas trajetórias de sucesso como ponto de partida para as lições. No caso do craque, por exemplo, o convívio em diferentes equipes o levou a perceber não só que existem vários estilos de liderança, mas também que times vitoriosos costumam ter vários líderes atuando ao mesmo tempo.

Em uma tipologia do líder, Raí cita Sócrates, seu irmão, como exemplo de vocação natural para a função; Dunga é o cara que cobra, fica em cima; Toninho Cerezo é aquele que ganha ascendência pela experiência.

“Tem muita gente, em todas as áreas, que fala: ‘Eu nunca tive perfil de liderança’. Mas se você acumula uma experiência, uma certa segurança, abrir mão disso [da liderança] é um desperdício gigantesco para a instituição em que você está envolvido e para você pessoalmente”, diz o ex-jogador.

“Não existe uma fórmula, é esse o estilo de liderança. Até porque eu convivi com várias, e eu mesmo, que não acreditava ser um líder, demonstrei que pode funcionar também”, afirma.

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