A indústria cafeeira se reúne nesta semana em um congresso que deve ter como foco principal a disparada do preço do produto e como isso pode afetar o consumo da população.
O café acumula altas históricas, causadas sobretudo por adversidades climáticas nas principais regiões produtoras, alta do consumo global e baixos estoques mundiais.
Com isso, já há inclusive cafés trancados atrás de grades em supermercados de São Paulo, a fim de coibir o furto do produto.
É nesse cenário que a indústria chega para um dos maiores congressos do setor, o Encafé (Encontro Nacional do Café), que deve reunir milhares de empresários e analistas entre quarta (23) e sexta (25), em Campinas (SP).
Soluções para minimizar o impacto da alta dos preços para o consumidor final será um dos temas tratados no encontro, segundo Pavel Cardoso, presidente da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), que organiza o seminário.
Ele afirma, contudo, que a alta dos preços é uma questão global, causada por quatro anos de adversidades climáticas e uma demanda global aquecida, além de questões geopolíticas.
“Discutiremos toda essa situação no Encafé, que é o momento onde a indústria se reúne com todos os seus stakeholders para encontrar soluções e inovações para o setor e, naturalmente, trazer melhores produtos, melhor qualidade, com o melhor preço possível para o consumidor”, diz Cardoso.
Entre os demais assuntos que terão destaque nas mesas do evento estão reforma tributária, falsificação na indústria (e o chamado café fake), novos hábitos de consumo e controle das emissões de carbono.
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