/ Apr 23, 2025

Preço externo cai, mas dólar segura alimentos internamente – 23/04/2025 – Vaivém


O preço das commodities, em sua maioria, tem queda no mercado internacional neste mês, em relação a igual período do anterior. A correlação desses produtos com o dólar, no entanto, impedem uma desaceleração maior internamente.

O peso dos alimentos afeta o bolso do consumidor e mantém a taxa de inflação mais aquecida. Segundo o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, de 60% a 70% da produção de alimentos do país têm essa correlação com a moeda americana.

Mesmo com a supersafra agrícola brasileira e a produção recorde de carnes, a demanda externa mantém os preços internos em patamar elevado, devido à desvalorização da moeda brasileira. O dólar elevado facilita as exportações e encarece as importações.

A soja, principal produto do país, está com preços externos 9% inferiores neste mês, em relação aos de abril de 2024. Com dólar elevado, preços externos menores e demanda ainda aquecida, as exportações médias diárias subiram para 725 mil toneladas em abril, 9% a mais do que em abril do ano passado.

O milho, com uma queda de 22% por tonelada nos preços externos, está com aumento médio diário de 215% nas exportações brasileiras deste mês, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Em alguns casos, como os do café e do cacau, o peso no bolso do consumidor ocorre devido à demanda externa aquecida e aos baixos estoques dos produtos. O café em grão exportado pelo Brasil acumula alta parcial de 98% neste mês nos preços, e o cacau, de 86%.

O mesmo ocorre com as carnes. Principal fornecedor de proteína animal no mundo, o Brasil já colocou um volume 30% a mais de carne bovina no mercado internacional neste mês, em relação a abril do ano passado. As vendas externas de carne suína aumentaram 31%, e as de frango, 6%.

No caso das proteínas, os preços externos se mantêm em alta, com evolução de 10% para a carne bovina e de 8% para a suína. A de frango teve reajuste mais modesto, de 1% no período.

Na lista dos principais itens importados pelo Brasil, os produtos sobem, o que aumenta os gastos dos consumidores e os custos de produção dos agricultores. O trigo subiu 11% neste mês, em relação a igual período do ano passado, enquanto adubos pararam de cair e, na média, subiram 6%. Já os agrotóxicos tiveram redução de 3%, segundo a Secex.

Alívio O consumidor poderá ter um alívio no preço do leite nas próximas semanas. A bebida, que começou o ano com alta no campo, poderá ter uma queda nos preços.

Alívio 2 A estimativa é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que atribui a esperada redução à queda de demanda na ponta consumidora.

Adubos O mercado dos nitrogenados segue em patamares abaixo das máximas observadas nos últimos meses, mas apresenta forte volatilidade devido aos preços do gás natural, segundo avaliação do Itaú BBA.

Adubos 2 A alta nos fosfatados continua, graças ao cenário de restrição de oferta. Há dúvidas sobre o retorno da China às exportações, e isso preocupa o mercado.

Adubos 3 Os potássicos seguem a tendência de alta, o que ocorre desde o início do ano. Como o período das compras americanas já terminou, deverá ocorrer um arrefecimento nos preços nesse mercado, segundo os analistas do Itaú BBA.


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