As ações da Alphabet subiram após a empresa relatar um aumento de 46% no lucro do primeiro trimestre, impulsionado por outro forte desempenho em seu negócio de busca e por um boom na demanda relacionada à IA (inteligência artificial) para poder de computação em nuvem.

O lucro líquido saltou para US$ 34,5 bilhões (R$ 196 bi) em comparação com US$ 23,7 bilhões (R$ 134,6 bi) no mesmo período de três meses do ano anterior, informou a empresa controladora do Google nesta quinta-feira (24).

O negócio principal de busca e publicidade do Google cresceu quase 10% para US$ 50,7 bilhões (R$ 288,1 bi) no trimestre, superando as estimativas de 8 a 9%.

A divisão de computação em nuvem teve um aumento de 28% na receita, chegando a US$ 12,3 bilhões (R$ 69,9 bi), mostrando a demanda contínua por seus serviços de data center e rede devido ao boom da IA. No entanto, resultado desacelerou em relação ao aumento de 30,1% do trimestre anterior.

“A busca viu um crescimento contínuo e forte, impulsionado pelo engajamento que estamos observando com recursos como os Resumos de IA”, disse o CEO Sundar Pichai, referindo-se às respostas geradas por IA que agora são exibidas no topo de muitas páginas de resultados. “A nuvem cresceu rapidamente com demanda significativa por nossas soluções.”

As ações da Alphabet subiram cerca de 4% nas negociações após o fechamento do mercado.

O Google é a segunda big tech a divulgar resultados após a guerra comercial global do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As ações da Alphabet caíram cerca de 17% este ano. Como a maioria de seus concorrentes, a empresa foi afetada por preocupações com tarifas que perturbam as cadeias de suprimentos e enfraquecem os gastos do consumidor, promovendo temores de uma recessão nos EUA.

As receitas aumentaram 12% para US$ 90,2 bilhões (R$ 512,6 bi) nos três meses até o final de março.

Os gastos da Alphabet em data centers, chips e outra infraestrutura de IA continuaram a crescer. Os gastos de capital do primeiro trimestre saltaram para US$ 17,2 bilhões (R$ 97,7 bi), acima dos US$ 12 bilhões (R$ 68,1 bi) do ano passado e ligeiramente acima da estimativa de US$ 17,1 bilhões (R$ 97,1 bi).

A empresa prevê que os gastos chegarão a US$ 75 bilhões (R$ 426,2 bi) este ano, acima dos US$ 53 bilhões (R$ 301,1 bi) em 2024. A Alphabet também disse que recomprará US$ 70 bilhões (R$ 397,8 bi) em ações.