/ Apr 26, 2025

Café: com alta de preço, empresas pedem socorro ao Funcafé – 25/04/2025 – Café na Prensa

Com dificuldade de caixa diante da disparada das cotações do café verde, as empresas de café do Brasil pediram para aumentar o percentual do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) que é destinado ao capital de giro da indústria.

“A Abic [Associação Brasileira da Indústria de Café] está se mobilizando junto ao Conselho Deliberativo da Política do Café —que deverá anunciar em breve o próximo Funcafé acima de R$ 7 bi— para aumentar o capital de giro que foi destinado à indústria no passado, para recapitalizar as nossas indústrias, que passam sim por um momento sensível”, diz Pavel Cardoso, presidente da associação.

“O nosso entendimento é que, assim que for liberado o capital de giro do Funcafé, com juros muito mais baixos, a gente vai conseguir ter um fôlego adicional para os nossos associados”, diz.

A situação financeira das indústrias se complicou porque o café verde acumulou altas históricas ao longo dos últimos dois anos, mas as empresas não conseguiram repassar essas altas para o consumidor final no mesmo ritmo.

“Imagina uma indústria de 100 sacas de café, uma indústria pequena, que em novembro estava pagando R$1.300 na saca de café, hoje está pagando R$2.500. É mais que o dobro do capital. Então você pegar esse aumento e repassar para o varejo de forma parcial –porque esse aumento é paulatino– e receber novos aumentos na compra, isso drena completamente o capital de giro de qualquer empresa”, diz Cardoso.

Apenas agora, após fortes reajustes nos últimos meses, o setor começou a equalizar esse valor.

Além de pedir um aumento da parcela do Funcafé, a Abic vai solicitar que os juros praticados para a indústria sejam equiparados àqueles que são aplicados para os agricultores –que, historicamente têm taxas menores.

A situação financeira das empresas pode se agravar caso a queda no consumo do produto acelere no segundo trimestre.

Como mostrou o Café na Prensa, o setor registrou uma retração no consumo de 0,55%, segundo dados preliminares.

Essa diminuição é considerada positiva diante de uma alta de preços tão acelerada. Ainda assim, como novos repasses foram feitos até março, espera-se que o brasileiro possa reduzir ainda mais sua ingestão de café a partir do segundo trimestre.

O jornalista viajou a convite do Encafé.

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