/ Apr 27, 2025

Shein aumenta preços nos EUA em até 377% antes de tarifas – 27/04/2025 – Mercado

A gigante do fast-fashion Shein aumentou os preços de seus produtos nos EUA, de vestidos a utensílios de cozinha, antes da iminente aplicação de tarifas sobre pequenas encomendas, em um sinal inicial do potencial efeito da guerra comercial sobre os consumidores americanos.

A maioria dos aumentos nos preços dos EUA ocorreu na sexta-feira (25), com majorações significativamente mais altas em algumas categorias do que em outras, de acordo com dados compilados pela Bloomberg News. O preço médio dos cem principais produtos na categoria de beleza e saúde aumentou 51% desde quinta (24), com vários itens mais que dobrando de preço. Para produtos domésticos, de cozinha e brinquedos, o salto médio foi superior a 30%, liderado por um aumento massivo de 377% no preço de um conjunto de dez peças de panos de cozinha. Para roupas femininas, o aumento foi de 8%.

Plataformas de compras de comércio eletrônico como Shein e Temu enfrentam uma tarifa de 120% em muitos de seus produtos devido à decisão do governo dos EUA de acabar com a isenção “de minimis” para pequenos pacotes da China continental e Hong Kong. Os exportadores nos últimos anos haviam se aproveitado da isenção, que permitia que mercadorias avaliadas em menos de US$ 800 entrassem nos EUA sem tarifas ou taxas alfandegárias. Washington também aumentará a taxa por item postal sobre mercadorias que entrarem após 2 de maio para US$ 100 e ainda mais após 1º de junho.

Ainda em 21 de abril, Trump disse em uma postagem nas redes sociais que “praticamente não há inflação” devido à queda nos preços de energia e alimentos. Mas o aumento de preços da Shein reflete os esforços mais recentes dos varejistas online chineses para repassar pelo menos parte dos custos extras de importação aos consumidores americanos.

Em fevereiro, para buscar proteção contra a política tarifária de Trump, a Shein ofereceu incentivos a alguns de seus fornecedores chineses para estabelecerem capacidade de produção no Vietnã. A Temu queria que as fábricas chinesas enviassem seus próprios produtos em massa diretamente para armazéns americanos, adotando o que chamou de estrutura de “meia custódia”.

Temu e Shein viram as vendas se recuperarem em março e início de abril, à medida que os compradores americanos estocavam de tudo, desde pincéis de maquiagem até eletrodomésticos, antes que os aumentos de preços liderados por tarifas entrassem em vigor, mostram dados da Bloomberg. Ambas as empresas anunciaram no início deste mês que aumentariam os preços nos EUA.

Em geral, os preços subiram cerca de 10% para a Shein nos EUA de 24 a 26 de abril, com base em um carrinho de compras de amostra preenchido pela Bloomberg News com 50 itens de várias categorias. Durante o período, 7 dos 50 itens amostrados foram retirados da lista nos EUA. Em contraste, os preços da Shein no Reino Unido permaneceram praticamente inalterados e nenhum item foi retirado.

Dos 43 itens ainda disponíveis no carrinho dos EUA, 30 tiveram um aumento de preço de mais de 10% em dois dias.

Embora os ajustes de preços mais amplos tenham ocorrido na sexta, alguns produtos já haviam se tornado mais caros. Os preços de dezenas de produtos principais na categoria de roupas femininas na Shein aumentaram em 22 de abril, elevando o preço médio dos cem principais produtos da categoria para US$ 9,06, de US$ 8,68, um aumento de mais de 4%.

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