Fundada em 1977, apenas um ano depois da criação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), a VR viu seu nome virar sinônimo de uma categoria de benefícios, o vale-refeição.

O fato se reflete no resultado da pesquisa Datafolha, que perguntou aos paulistanos das classes A e B qual é o melhor vale-alimentação da cidade. Pela quinta vez consecutiva a VR teve a maior proporção de menções, desta vez 15%.

Segundo Karina Meyer, diretora-executiva de marketing da VR, a empresa precisou flexibilizar seus produtos para acompanhar as mudanças no comportamento do trabalhador —levantamento interno mostrou, por exemplo, que 61% deles levam marmita para o trabalho, hábito que se consolidou durante a pandemia.

“A gente sabe que o VR dura apenas 11 dias, em média, o que representa metade dos dias úteis. Para que o dinheiro dele possa valer mais, deixamos a cargo do trabalhador e da empresa onde ele atua decidir onde gastar o saldo, se no restaurante ou no supermercado”, explica. Isso é possível no caso do cartão único (chamado de multi), que serve como vale-refeição e vale-alimentação.

Hoje, a VR se apresenta como uma plataforma múltipla de benefícios, que vai muito além dos vales relacionados às refeições —compras, serviços e mobilidade urbana foram incorporados ao pacote oferecido aos 4,7 milhões de trabalhadores da base.

O aplicativo inclui um marketplace, com promoções exclusivas de grandes marcas, como Natura, Pilão, Avon e Burger King, e cashback. “São benefícios que negociamos diretamente com as indústrias e oferecemos aos clientes. Ferramentas de inteligência artificial nos ajudam a personalizar a oferta e incluir recomendações de restaurantes e supermercados na região onde ele está ou até sugestões de alimentação saudável conforme seu perfil.”

Uma das novidades mais recentes é a parceria com a Uber, firmada em novembro de 2024. Segundo Meyer, saldos do vale-transporte e do vale-combustível podem ser convertidos automaticamente em viagens contratadas no aplicativo. “Nos primeiros seis meses, a operação já trouxe retornos muito positivos”, ela diz.

De acordo com a executiva, a VR também está empenhada em mostrar que conceder tais benefícios não é exclusividade de empresas de grande porte.

“Uma empresa que tem dois colaboradores pode fazer parte do nosso ecossistema. Além de colaborar com a satisfação do empregado e reduzir o turnover, o empreendedor conseguirá comparar dados de mercado para saber se está sendo competitivo, e acessar soluções para gestão de pessoas, como ponto digital, controle de férias e otimização de escala. A gente vira o RH dele.”