As ações da Azul fecharam na mínima histórica no pregão da Bolsa desta terça-feira (29), cotadas a R$ 1,74 após caírem 10,77%, quarta sessão seguida de perdas.
Os ativos perderam mais de 40% do valor desde a semana passada, com investidores ainda repercutindo o anúncio de aumento de capital por meio de uma nova oferta pública de ações no mercado.
Em 23 de abril, a empresa disse em fato relevante que emitiria 464 milhões de novas ações ao preço de R$ 3,58. O total levantado foi de R$ 1,66 bilhão, abaixo dos R$ 4,1 bilhões estimados na ocasião do anúncio.
A notícia fez os papéis da companhia desabarem 24% na quinta-feira passada e 17,37% na sexta-feira. Os papéis da empresa já chegaram a valer cerca de R$ 60 antes da pandemia de Covid-19.
O objetivo, segundo informou a Azul em comunicado ao mercado em 14 de abril, era “obter novos recursos financeiros para a companhia, contribuindo para melhorar a sua futura estrutura de capital e aumentar a liquidez”.
A Bolsa fechou em leve alta nesta terça, com variação de 0,05%, aos 135.092 pontos, chegando a tocar 136.149 pontos na máxima do dia, novo pico do ano. O dólar caiu pela oitava sessão seguida, fechando a R$ 5,63.
A companhia anunciou fusão com a rival Gol em janeiro de 2025, ainda sujeita à aprovação. A união das duas companhias aéreas pode concentrar uma fatia de 60% do mercado doméstico de transporte aéreo de passageiros, o que exige o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Azul não registra lucro anual desde 2019, ao passo que a Gol está em recuperação judicial nos Estados Unidos (“Chapter 11”).