Após dividir opiniões sobre o miojo doce, nos sabores chocolate e beijinho, a Nissin vai fabricar chocolates crocantes, feitos com flocos de milho, no Brasil. A “Choc Croco” terá as versões de chocolate branco e ao leite e será vendida aos consumidores do Sul, Sudeste e de algumas cidades do Centro-Oeste a partir de junho, com preço inicial sugerido de R$ 9,99 pela embalagem de 44 gramas.

A reportagem experimentou o produto nesta terça-feira (29) e verificou que o doce tem textura de cereal matinal, mas gosto de chocolate.

A Nissin, marca japonesa que também vende lámen, talharim, yakissoba e cup noodles no Brasil, diz que a ideia é ter “crocância sem perder a leveza”. O produto, segundo a empresa, será enquadrado na categoria de chocolate, e não na de cereais, apesar de ter também flocos de milho em sua composição.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), só pode ser considerado chocolate o produto que contiver, no mínimo, 25% de sólidos totais de cacau, ou 20% de sólidos totais de manteiga de cacau para o chocolate branco.

De início, a produção do chocolate será na fábrica da Nissin de Ibiúna (SP), uma das duas unidades da marca no Brasil, além da que fica em Glória do Goitá (PE). Para 2026, está prevista a inauguração de uma terceira fábrica em Ponta Grossa (PR).

No Japão, o chocolate da marca já é vendido desde 1978 com o nome “Crisp Choco”, nos sabores meio amargo, ao leite, morango, chá verde, entre outros. A produção do doce também já se estendeu para outros países da Ásia, como China, Hong Kong, Singapura e Vietnã.

A Nissin afirma que fez um levantamento com consumidores no Brasil e modificou a proporção de alguns ingredientes, como o dulçor, com base nas preferências observadas.

“Em todos os nossos produtos japoneses que chegam ao Brasil, como a “U.F.O.”, por exemplo, que é uma marca recentemente lançada, nós fazemos algumas modificações para adequá-los ao paladar brasileiro, sem perder a essência da marca”, diz Ana Fossati, gerente de marketing da Nissin.

O mercado internacional da Nissin é ocupado em 59,2% por consumidores das Américas, sendo o Brasil um dos principais países de demanda. A empresa chegou ao país em 1965, há 50 anos, e tem uma linha exclusivamente brasileira de miojo —o sabor “galinha caipira”.

O macarrão instantâneo foi inventado em 1958, pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, por Momofuku Ando, fundador da marca Miojo, subsidiária da Nissin. Inventor também foi responsável por criar o Cup Noodles, macarrão preparado em copo de plástico, no ano 1971.