/ May 01, 2025

No campo, desgosto com a seleção; na areia e quadra, não – 01/05/2025 – O Mundo É uma Bola

Escrevo o que todo mundo que acompanha minimamente futebol já sabe: a seleção brasileira, cinco vezes campeã do mundo, vai mal.

Sem técnico (Carlo Ancelotti não virá mesmo, de novo), sem resultados convincentes, sem futebol de qualidade, sem mostrar que pode jogar bem sem Tite (técnico nas Copas de 2018 e de 2022) e sem Neymar (sem condição física devido a lesões).

A seleção, que na partida mais recente levou um 4 a 1 da arquirrival Argentina, é hoje um desprazer para o torcedor, que a pouco mais de um ano da Copa de 2026 vê cenário bem pouco animador para a conquista do hexa.

Contudo, se no campo o Brasil vai mal, basta mirar a areia, ou a quadra, para que o otimismo e o orgulho voltem a preponderar.

Tem início nesta quinta-feira (1º), nas paradisíacas Ilhas Seychelles (África Oriental), a Copa do Mundo de futebol de areia, na qual o Brasil, considerando somente as edições que têm a chancela da Fifa (desde 2005), já é hexacampeão (2006 a 2009, 2017 e 2023).

A partir de 1995, das 22 vezes que o torneio (atualmente bienal) foi disputado, incluindo os reconhecidos pela Fifa ou os anteriores, organizados pela Beach Soccer Worldwide, a seleção brasileira ganhou 15. Portugal e Rússia venceram três vezes cada um, e a França, uma vez. Dominância brasuca histórica.

Doze jogadores formam o time brasileiro que inicia sua campanha nesta sexta (2), ao meio-dia, contra El Salvador, em um grupo que tem ainda Itália e Omã. SporTV, CazéTV e Fifa+ exibirão a estreia brasileira.

O craque da equipe que lidera o ranking mundial (seguida por Itália e Portugal) é Rodrigo Soares, 31, atual melhor jogador do mundo e campeão nas Copas realizadas em 2017 e em 2024 –o torneio de 2023 atrasou e aconteceu no ano passado.

O pivô Rodrigo, que usa a camisa 9 e joga avançado no cinco contra cinco (incluindo os goleiros), soma mais de 200 gols pelo Brasil, estando atrás na artilharia geral somente do já aposentado Neném, 52, que marcou 337 gols.

Na quadra (futsal), também não há razões para reclamar da seleção brasileira. Pelo contrário. O Brasil, como na areia, é hexacampeão, tendo vencido inclusive a Copa do Mundo mais recente, em 2024, no Uzbequistão, superando na decisão… a Argentina.

Desde 1989, houve dez Mundiais, e o Brasil ganhou seis, mais da metade, incluindo o inaugural.

Falcão, Manoel Tobias, Lenísio, Schumacher e outros grandes nomes que representaram o Brasil na modalidade deram lugar a Ferrão, Pito, Willian e Dyego Zuffo, este último eleito o melhor do mundo nas duas mais recentes edições do Futsal Awards.

Nas seis últimas eleições, sempre um brasileiro faturou o prêmio de principal atleta do planeta no futsal –além de Dyego, ganharam Ferrão (três vezes) e Pito (uma).

Como no futebol de areia, no futsal jogam cinco contra cinco. Como no futebol de areia, no futsal o Brasil lidera o ranking mundial (seguido por Portugal e Espanha). No futebol de campo, estamos na quinta posição, atrás de argentinos, espanhóis, franceses e ingleses.

No feminino, o Brasil lidera o ranking de seleções no futsal e está classificado, após ganhar a Copa América deste ano, em Sorocaba (SP), para a primeira edição da Copa do Mundo da Fifa, que será em novembro nas Filipinas.

A atual melhor do mundo é brasileira (Emilly Marcondes, 30), e Amandinha, 30, foi a vencedora do prêmio da revista Futsal Planet oito vezes seguidas, de 2011 a 2018. As duas estiveram na Copa América.

Na areia, que não tem ainda uma Copa do Mundo feminina, o Brasil está apenas na oitava colocação no ranking da Beach Soccer Worldwide, mas conta com a melhor do mundo, Adriele Rocha, 28, eleita na votação mais recente, em 2023.

No campo, a seleção feminina parece estar nos eixos sob o comando do treinador Arthur Elias. Veio a prata olímpica, em Paris-2024, e neste ano, no amistoso mais recente, uma vitória de virada (2 a 1) sobre as norte-americanas, nos EUA, com bom futebol.

Assim, há várias frentes para torcer com gosto. O desgosto resume-se à seleção masculina de Vinicius Junior e Raphinha, supercraques em seus clubes (Real Madrid e Barcelona), subcraques com a camisa amarela.

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