/ May 02, 2025

1º de Maio no Chile tem conflito e manifestantes presos – 01/05/2025 – Mercado

Ao menos dez pessoas foram presas durante confrontos entre manifestantes e policiais em Santiago durante as comemorações do 1º de Maio, segundo a imprensa chilena. Fotos registradas dos protestos mostram alguns manifestantes atirando artefatos contra carros e colocando fogo nas ruas.

A maioria das prisões, segundo o jornal La Nación, está relacionada a incidentes isolados de violência, porte de elementos perigosos e perturbações da ordem pública. O jornal reportou que entre os detidos está o pai de Francisca Sandoval, jornalista baleada na cabeça enquanto cobria as manifestações de 1º de Maio em Santiago em 2022.

Foram presos também um adolescente que portava artefatos incendiários e uma pessoa que dirigia embriagada e causava danos às grades de proteção.

Assim como em outros países, os atos de 1º de Maio no Chile atraíram autoridades. O presidente chileno, Gabriel Boric, participou de um dos atos ao lado de líderes sindicais e futuros adversários na corrida presidencial deste ano –as eleições gerais no Chile acontecerão em novembro.

“Esse é o Chile que nos agrada, no qual somos capazes de nos encontrar, no qual somos capazes de ir um passinho além de nossas diferenças, em que apesar de toda a disputa política —estamos no meio de uma campanha presidencial, temos duas candidatas presidenciais aqui presentes que pensam diferente na grande maioria das coisas— mas também estamos juntos, também somos capazes de colocar o Chile em primeiro lugar”, afirmou em discurso. A fala foi reproduzida pelo jornal La Tercera.

Boric também afirmou que “o Chile depende de seus trabalhadores e temos que tratá-los bem, temos que entender a dignidade que se refere ao trabalho e agir em consequência. E a confluência aqui, justamente, de todos esses diferentes atores que pensam diferente em muitas coisas, creio que é um bom sinal, porque também demonstra o quanto avançamos”.

Nos últimos anos, durante o mandato do esquerdista, o Chile reduziu a jornada de trabalho de 45 horas semanais para 40, reforçou leis contra abusos no trabalho, aumentou o salário mínimo do país e promulgou a reforma do sistema previdenciário, que cria um seguro estatal –hoje, a previdência do Chile é baseada em um sistema privado de pensões.

“Isto não é uma agenda apressada do governo. Além disso, temos minoria parlamentar, não poderíamos fazê-lo sem dialogar. E o fazemos conscientes de que isso começa graças ao fato de que houve outros que avançaram antes de nós. Penso na primeira redução da jornada de trabalho do presidente Lagos, penso na reforma trabalhista do presidente Aylwin, penso na PGU do presidente Piñera, penso em tudo o que avançou em matéria de direitos sociais na presidência de Bachelet”, relatou.

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