Braço direito de Carlos Lupi, filiado ao mesmo partido que ele e atual secretário-executivo do Ministério da Previdência, Wolney Queiroz Maciel, 52, é uma escolha que mantém o status quo da pasta.
O ex-deputado federal assumirá no lugar de Lupi, que pediu demissão nesta sexta-feira (2) após o desgaste com o escândalo dos descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, investigados pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era pressionado a fazer a mudança de comando no ministério.
O Palácio do Planalto anunciou nesta sexta (2) que Lula convidou Wolney para ocupar o cargo. A substituição será publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
O futuro ministro foi deputado federal pelo PDT (partido o qual Lupi é presidente, mas está de licença) por seis mandatos consecutivos desde 1995. Wolney não conseguiu se reeleger em 2022 e foi chamado para o cargo de secretário-executivo da Previdência.
Em sua última passagem pela Câmara dos Deputados, foi líder de um bloco de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, que reunia parlamentares de esquerda.
Nascido em Caruaru, Pernambuco, é filiado ao PDT desde os 19 anos e nunca foi filiado a outro partido.
Começou a vida pública em 1993, como vereador em sua cidade natal. Foi eleito deputado federal pela primeira vez no ano seguinte e tomou posse em 1995, aos 22 anos. Na época, era o parlamentar mais jovem do país. Na Câmara, foi presidente das comissões de Educação e Cultura; e Trabalho, Administração e Serviço Público.
Sua escolha serve também para debelar a insatisfação do PDT com a saída de Lupi e manter a sigla na base de apoio ao governo Lula.