O Palácio do Planalto já se prepara para negociar com o Congresso formas de amenizar o impacto da derrubada do veto a um dos jabutis da lei das eólicas em alto-mar (offshore).
Cálculos do governo indicam que a conta de luz pode encarecer 9% somente com a compra de 8 GW (Gigawatts) de térmicas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), medida barrada pelo presidente Lula e que deve ser reativada pela bancada do gás até 15 de maio.
A notícia do revés foi dada ao governo nesta quinta (1) pelos presidentes da Câmara e do Senado. Eles informaram que o setor de gás, insumo poluente que abastece as térmicas e custa mais caro que as demais, já conseguiu votos suficientes para colocar o veto em pauta para derrubá-lo.
Neste momento, assessores do presidente avaliam alternativas no Congresso com outras ações no setor elétrico para redução do possível estrago.
O Planalto pretendia autorizar a contratação de energia extra de PCHs, mas não queria liberar a compra de térmicas. No entanto, ambas foram incluídas no mesmo artigo da lei sancionada, de forma que o presidente não podia vetar somente uma delas. A redação do artigo foi vista como manobra legislativa para forçar o governo a contratar energia de térmicas.
Com Stéfanie Rigamonti