/ May 06, 2025

Guerra comercial: Xi diz que quer se aproximar da UE – 06/05/2025 – Mercado

O líder da China, Xi Jinping, disse que seu país está pronto para trabalhar com os líderes da União Europeia a fim de expandir a abertura mútua e lidar adequadamente com atritos e diferenças, informou a agência de notícias oficial Xinhua nesta terça-feira (6).

Os comentários foram feitos no 50º aniversário dos laços diplomáticos entre a China e a UE, enquanto ambos trabalham para estreitar os laços em meio à incerteza no comércio global fomentada pelas tarifas dos Estados Unidos.

Enquanto isso, no Parlamento Europeu, o chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, emulou a linguagem da Casa Branca, dizendo que “telefones não param de tocar o tempo todo porque todos querem acelerar as negociações de acordos de livre comércio conosco”.

Xi não mencionou os EUA em seus comentários, mas Pequim tem se empenhado em estreitar os laços econômicos e políticos com a Europa para limitar os danos causados pelas ações do presidente Donald Trump sobre a maioria de suas exportações.

“Laços saudáveis e estáveis entre a China e a UE não apenas promovem conquistas mútuas, mas também iluminam o mundo”, disse ele.

Xi também pediu à UE que salvaguarde conjuntamente a equidade e a justiça e se oponha ao bullying unilateral, descrevendo suas relações como uma das mais influentes do mundo, acrescentou a Xinhua.

A China ainda disse que gostaria de receber as visitas do presidente do Conselho Europeu, António Costa, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um momento apropriado para realizar conjuntamente uma nova rodada de reuniões.

China e a UE realizarão diálogos de alto nível sobre estratégia, economia e comércio, desenvolvimento verde e digitalização, entre uma série de eventos neste ano, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa nesta terça.

O ministério também confirmou que a China e o Parlamento Europeu decidiram liberar os intercâmbios mútuos.

Na semana passada, a UE disse que a China suspenderia as sanções contra membros do Parlamento Europeu e seu subcomitê de direitos humanos. As sanções foram impostas em 2021 por causa de medidas contra autoridades chinesas acusadas de detenção em massa de uigures muçulmanos na região de Xinjiang.

“Nas circunstâncias atuais, ambos os lados acreditam que é muito importante para a China e a Europa fortalecer o diálogo e a cooperação”, disse Lin aos repórteres.

A UE, por sua vez, não se sente sob pressão indevida para aceitar um acordo comercial injusto com os EUA, disse o chefe de comércio da UE também nesta terça, acrescentando que outros parceiros comerciais estão muito interessados em acelerar as negociações com o bloco.

O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que a UE usará a pausa das tarifas recíprocas para preparar outras medidas de reequilíbrio e garantir condições equitativas caso as negociações fracassem.

“Todas as opções permanecem sobre a mesa”, disse ele ao Parlamento Europeu. Embora a preferência clara da UE seja negociar uma solução com os EUA, ele disse que Washington agora precisa mostrar sua disposição de progredir em direção a um acordo justo e equilibrado.

“Não nos sentimos fracos. Não nos sentimos sob pressão indevida para aceitar um acordo que não seria justo para nós”, disse Sefcovic.

O comissário disse que as tarifas dos EUA agora cobrem 70% do comércio de bens da UE para o país e que isso pode aumentar para 97% após novas investigações dos EUA sobre produtos farmacêuticos, semicondutores e outros produtos.

Ele disse que a UE também está focada nos 87% do comércio global não realizado com os EUA, apontando para as negociações do bloco com Índia, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Malásia.

A UE suspendeu suas próprias contramedidas contra as tarifas dos EUA sobre metais para dar espaço para negociações, embora pareça não ter havido muito progresso.

Notícias Recentes

Travel News

Lifestyle News

Fashion News

Copyright 2025 Expressa Noticias – Todos os direitos reservados.