O presidente russo Vladimir Putin e o presidente venezuelano Nicolás Maduro assinaram nesta quarta-feira (7) um acordo de parceria estratégica em uma cerimônia transmitida pela TV estatal.
Os dois líderes também discutiram energia e petróleo durante suas conversas em Moscou, informou a agência de notícias russa Interfax.
No acordo, Rússia e Venezuela disseram que promoverão iniciativas conjuntas dentro da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados).
“As partes promoverão o desenvolvimento equilibrado e estável a longo prazo dos mercados globais de energia sem o uso de instrumentos de concorrência desleal”, afirmou o acordo.
Eles concordaram em cooperar na exploração e desenvolvimento de novos campos de petróleo e gás em suas joint ventures, bem como expandir as operações de comércio de petróleo.
O documento também prevê uma cooperação mais estreita entre Rússia e Venezuela na ONU (Organização das Nações Unidas) e outras organizações e na área de controle de armas, juntamente com a oposição conjunta à imposição de sanções unilaterais.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu anteriormente o acordo estratégico como um “documento estrutural importante, substancial e muito significativo”.
A guerra de três anos da Rússia na Ucrânia levou a uma ruptura em suas relações com a maioria dos estados ocidentais e levou Moscou a fortalecer laços com outros países que compartilham seu desejo de combater a influência do que o Kremlin chama de “Ocidente coletivo”, incluindo os Estados Unidos.
Desde 2022, a Rússia já assinou pactos de parceria estratégica com China, Coreia do Norte e Irã.
A Venezuela tem uma história recente conturbada com os Estados Unidos, marcada por relações diplomáticas rompidas, sanções e acusações de atividade criminosa e conspiração para golpe.
Durante sua visita a Moscou, Maduro também deve participar de eventos comemorativos em torno do 80º aniversário da vitória da União Soviética e seus aliados sobre a Alemanha nazista, incluindo um desfile militar na sexta-feira (9).
