/ May 08, 2025

Trump deve anunciar acordo comercial com Reino Unido – 08/05/2025 – Mercado

O Presidente Trump deve anunciar nesta quinta-feira (8) que os Estados Unidos firmarão um acordo comercial “abrangente” com a Grã-Bretanha.

Trump indicou que a definição das negociações está próximo em uma publicação nas redes sociais na quarta-feira (7) à noite, embora não tenha especificado qual nação fazia parte do acordo. Nesta quinta-feira, um alto funcionário britânico confirmou que seu país chegou a um consenso com os Estados Unidos.

Na manhã de quinta-feira, Trump voltou às redes sociais para confirmar que se tratava, de fato, de um acordo com o Reino Unido.

“O acordo com o Reino Unido é completo e abrangente, e cimentará a relação entre os Estados Unidos e o Reino Unido por muitos anos vindouros”, escreveu ele. “Devido à nossa longa história e aliança juntos, é uma grande honra ter o Reino Unido como nosso primeiro anúncio. Muitos outros acordos, que estão em estágios sérios de negociação, virão a seguir!”

Espera-se que Trump anuncie o acordo de forma oficial às 10h no Salão Oval.

O funcionário britânico, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, não ofereceu detalhes, além de dizer que o acordo seria bom tanto para a Grã-Bretanha quanto para os Estados Unidos.

O pacto comercial seria o primeiro anunciado desde que Trump impôs tarifas pesadas a dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos. Posteriormente, ele suspendeu temporariamente as taxações para permitir que outras nações negociações com o governo americano.

Um acordo entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha é considerado uma vitória para ambos os países, que há muito buscam uma cooperação econômica mais estreita.

Os detalhes do acordo não ficaram imediatamente claros. Ambas as nações discutiram a redução das tarifas britânicas sobre carros e produtos agrícolas dos EUA, bem como a remoção de impostos britânicos sobre empresas de tecnologia americanas. Também não estava claro se o acordo havia sido efetivamente finalizado.

Timothy C. Brightbill, um advogado de comércio internacional da Wiley Rein, disse que o anúncio provavelmente seria “apenas um acordo para iniciar as negociações, identificando uma estrutura de questões a serem discutidas nos próximos meses”.

“Suspeitamos que tarifas, barreiras não tarifárias e comércio digital estão todos na lista —e há questões difíceis a serem abordadas em todos esses temas”, acrescentou.

A administração Trump tem tentado persuadir outros países a chegarem a acordos comerciais rápidos com os Estados Unidos, usando barreiras tarifárias suspensas parcialmente por um período de 90 dias.

Apesar do adiamento das taxas específicas para cada país, ele manteve uma tarifa global de 10% em vigor, inclusive sobre o Reino Unido. Ao contrário de outros países, a Grã-Bretanha não foi submetida a tarifas “recíprocas” mais altas, porque compra mais dos Estados Unidos do que vende para eles.

A Grã-Bretanha também está sujeita a uma tarifa de 25% que Trump impôs sobre aço, alumínio e automóveis estrangeiros, taxas que os funcionários britânicos têm pressionado seus homólogos americanos para suspender.

O interesse de Trump em firmar um acordo comercial com a Grã-Bretanha remonta ao seu primeiro mandato, quando seus assessores negociaram com o país, mas não finalizaram um acordo. Funcionários britânicos também têm buscado um acordo comercial com os Estados Unidos desde o Brexit, como forma de compensar relações mais fracas com a Europa. Na administração Biden, funcionários britânicos continuaram a pressionar por um acordo com os Estados Unidos, mas fizeram pouco progresso.

Para o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o acordo comercial ofereceria uma validação para seu cultivo assíduo da relação com Trump. Durante sua visita ao Salão Oval em fevereiro, Starmer apareceu com um convite do Rei Charles III para que o presidente fizesse uma rara segunda visita de Estado à Grã-Bretanha.

A administração Trump parece avançar em negociações com Índia e Israel, e continua em conversas com a Coreia do Sul, Japão, Vietnã e outras nações. Ainda assim, Trump mais uma vez demonstrou sua abordagem imprevisível à política econômica na terça-feira, quando minimizou a perspectiva de acordos comerciais, dizendo que outros países precisavam mais desses acordos do que os Estados Unidos.

“Todos dizem ‘quando, quando, quando você vai assinar acordos?'” disse Trump, em certo momento apontando para Howard Lutnick, seu secretário de comércio. “Não precisamos assinar acordos. Poderíamos assinar 25 acordos agora mesmo, Howard, se quiséssemos. Não precisamos assinar acordos. Eles precisam assinar acordos conosco.”

Especialistas em comércio disseram que Trump pode estar pretendendo anunciar acordos muito mais limitados do que os acordos comerciais tradicionais, que cobrem a maior parte do comércio entre países e exigem aprovação do Congresso. Historicamente, os acordos de livre comércio levaram mais de um ano para serem negociados pelos Estados Unidos.

Em seu primeiro mandato, Trump renegociou vários acordos comerciais dos EUA, incluindo um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul e o Nafta. Mas ele também assinou uma série de “mini-acordos” mais limitados com países nos quais eles reduziram tarifas sobre alguns tipos de mercadorias ou concordaram em falar sobre alguns setores.

Além das disputas comerciais, Trump faz pressão para que o banco central americano, FED, baixe as taxas básicas de juros e, também nesta quinta, criticou o chefe da autarquia, Jerome Powell —o chamou de “tolo” um dia depois de o Fed ter mantido o índice de referência.

“‘Atrasado demais’ Jerome Powell é um tolo, que não tem a menor ideia. Fora isso, eu gosto muito dele!”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social. Ele citou a queda nos custos de energia e sua política tarifária e contestou qualquer aumento nos custos ou na inflação. Ainda mencionou preocupações com desemprego.

Os funcionários britânicos, por sua vez, também têm negociado com a União Europeia, e na terça-feira (6) concordaram com um acordo comercial com a Índia. O acordo com a Índia reduziria as tarifas entre os países e garantiria mais acesso para empresas britânicas aos setores de seguros e bancário da Índia, entre outras mudanças. O anúncio seguiu-se a quase três anos de negociações.

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