A Nissan vai demitir mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, elevando o número de cortes para cerca de 20 mil funcionários, o que responde a 15% da força de trabalho da empresa, informou a emissora pública japonesa NHK nesta segunda-feira (12).
A Nissan não comentou o assunto ao ser procurada pela Reuters.
A empresa deve anunciar na terça-feira (13) resultados do ano comercial que terminou em março. No mês passado, a empresa alertou que provavelmente registraria um prejuízo líquido recorde de 700 bilhões a 750 bilhões de ienes (US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões ou R$ 26,9 bilhões a R$ 28,8 bilhões), devido a encargos.
O CEO da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu no lugar de Makoto Uchida como no mês passado, está reestruturando as operações da Nissan e disse anteriormente que a empresa estava considerando medidas adicionais.
Ao assumir, Espinosa afirmou que estava aberto a buscar parcerias com outras montadoras.
A Nissan, que tinha mais de 133 mil funcionários em março do ano passado, anunciou planos em novembro passado para cortar 9.000 empregos e reduzir a capacidade global em 20%.
A empresa também disse que fecharia uma fábrica na Tailândia até junho e fecharia mais duas fábricas que não foram identificadas.
Na sexta-feira, a empresa disse que havia decidido desistir de um plano para construir uma fábrica de US$ 1,1 bilhão (R$ 6,2 bilhões), para a qual receberia subsídios do governo, para baterias de veículos elétricos na ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão.
No final de 2024, em dezembro, a empresa anunciou um plano de fusão com a Honda no valor de US$ 58 bilhões até 2026.
Entretanto, três meses depois, as empresas abandonaram o plano. Segundo fontes, o plano foi cancelado devido às crescentes diferenças entre os grupos, inclusive sobre o equilíbrio de poder na união.
Uma proposta da Honda de que a Nissan se tornasse uma subsidiária da companhia combinada que acabou afundando o acordo, segundo fontes.