O requerimento de criação da CPMI do INSS, protocolado nesta segunda-feira (12), teve a assinatura de seis parlamentares do PSB, aliado histórico do PT e partido do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Da Câmara, apoiaram a investigação Tabata Amaral (SP), Duarte Jr. (MA), Luciano Ducci (PR) e Heitor Schuch (RS). Também assinaram os senadores Flávio Arns (PR) e Chico Rodrigues (RR).
Nenhum parlamentar de outro partido de esquerda apoiou o requerimento.
O posicionamento gerou insatisfação no governo, que vem trabalhando contra a comissão. Segundo um dirigente petista, o PSB “é muito base, ou ao menos deveria ser”.
Os parlamentares dizem que não houve orientação da direção partidária nesse caso. “Não houve liberação e nem orientação. Historicamente, decisões dessa natureza são pessoais dentro de um ambiente democrático do partido”, afirmou Arns.
Tabata justificou a decisão dizendo que “é um esquema de corrupção gigantesco e muito cruel, que roubou as pessoas mais pobres do nosso país”.
Com origem no movimento sindical do campo, o gaúcho Schuch diz que desde 2021 vem alertando para fraudes. “Não tá certo, tem agricultor que é descontado e nem sabe”.
Segundo ele, não há constrangimento no fato de a CPI ter sido proposta pelo PL. “O problema é do PL, do PSB ou do aposentado?”.
Duarte diz que assinou porque “chega de descaso com quem mais precisa”. “Doa a quem doer a verdade vai aparecer”.