O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, decidiu manter suas indicações para a diretoria da Anvisa. Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa até dezembro, ocupará um posto em uma diretoria da pasta.
Assessores do ministro afirmam que as indicações serão mantidas. Leandro Pinheiro Safatle, atual secretário-adjunto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, é o nome para ocupar a presidência da Anvisa.
Além dele, estão indicados desde dezembro Daniela Marreco e o advogado sanitarista Thiago Lopes Cardoso Campos. Ambos devem assumir como diretores da agência.
Como mostrou o Painel S.A. nesta quarta (14), Meiruze pleiteava a presidência da Anvisa e disse que aguardava a indicação, o que seria uma reviravolta.
Servidora de carreira, a farmacêutica foi diretora da Anvisa de 2020 a 2024 e se destacou por sua atuação durante o período da pandemia —o que lhe rendeu a medalha de mérito Oswaldo Cruz.
Especialista em gestão de políticas públicas, Leandro Safatle é servidor público, já atuou na Fiocruz e foi indicado pelo governo como próximo presidente em um decreto editado em dezembro.
Havia a expectativa de que o Senado realizasse no início do ano uma sabatina para analisar os nomes do governo para a composição da diretoria.
Uma queda de braço com o governo, liderada pelo presidente da Casa David Alcolumbre (União Brasil-AP), acabou atrasando a definição dos nomes.
Alcolumbre pleiteia a nomeação de diretores de agências regulatórias, especialmente na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Já são cinco meses sem uma data para a sabatina, movimento que era visto como uma sinalização de que o processo de sucessão estava aberto em agências como a Anvisa.
Atualmente, a agência de vigilância sanitária opera com dois diretores, sendo uma diretora substituta cujo mandato está próximo do vencimento. Em situações assim, o prazo de permanência é de até 180 dias.
