/ May 14, 2025

Presidente da Fifa vira aliado de Trump no Oriente Médio – 14/05/2025 – Esporte

Quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimentou dignitários e líderes empresariais na terça-feira (13), durante sua visita de Estado à Arábia Saudita, ele foi recebido por um rosto muito familiar: Gianni Infantino, presidente Fifa (Federação Internacional de Futebol), que tem sido um apoiador leal desde o primeiro mandato do republicano.

A estreita relação entre Trump e Infantino, um administrador ítalo-suíço, tem levantado sobrancelhas nos círculos do futebol e outros por anos. A amizade parece ir além daquela entre um líder de uma nação anfitriã da Copa do Mundo —os Estados Unidos sediarão a próxima edição junto com México e Canadá— e o chefe do futebol global.

Na quarta-feira (14), Infantino se juntará a Trump na segunda etapa de sua turnê presidencial pelos Estados do Golfo Pérsico no Qatar, a península em forma de polegar que faz fronteira com a Arábia Saudita e que sediou a Copa do Mundo em 2022.

Espera-se que o mandatário da Fifa presida uma cerimônia na qual o emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, entregará as responsabilidades de sediar a Copa do Mundo a Trump.

Não se espera a presença de representantes do Canadá e do México. Na Casa Branca na semana passada, Trump, cujas tarifas aumentaram as tensões com os dois vizinhos dos EUA, brincou que Infantino havia corretamente minimizado os papéis deles na Copa do Mundo.

As viagens de Infantino com Trump esta semana surpreenderam os membros da Fifa, que se reuniram a milhares de quilômetros de distância no Paraguai para o congresso anual da organização. Uma reunião do conselho da entidade no Paraguai, que havia sido marcada para esta semana, foi rapidamente transferida para uma videoconferência para que Infantino pudesse viajar com a delegação dos EUA ao Golfo Pérsico.

“O presidente da Fifa aceitou convites para participar de uma série de eventos importantes com líderes mundiais, onde as Copas do Mundo também serão discutidas”, disse a entidade em um comunicado. Infantino agora está programado para viajar ao Paraguai para sediar o congresso na quinta-feira (15), que foi adiado em uma hora para acomodar as mudanças.

Infantino também forjou seus próprios laços estreitos com o Golfo Pérsico desde que assumiu a Fifa, envolta em escândalos, em 2016. Embora tenha prometido limpar a organização, seu mandato levou a ainda mais escrutínio sobre como o órgão do futebol conduz seus negócios, especialmente depois de mudar suas regras no ano passado para permitir que a Arábia Saudita, um importante patrocinador financeiro da organização, recebesse os direitos de sediar a Copa do Mundo de 2034.

A cerimônia no Qatar está de acordo com a forma como Infantino tem focado em Trump como um pilar do torneio do próximo ano. Não seria a primeira vez que ele coloca o presidente no centro das atenções.

Em 2020, Infantino serviu como uma espécie de ato de aquecimento para um jantar que Trump organizou durante seu primeiro mandato no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça. Ele estava em Dubai, Emirados Árabes Unidos, mais tarde naquele ano, quando Israel e os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo para normalizar as relações, um acordo intermediado por Jared Kushner, genro de Trump.

No ano passado, Infantino encarregou a filha de Donald Trump, Ivanka Trump, de participar do sorteio para um novo torneio de clubes, o Mundial de Clubes, que será disputado pela primeira vez neste verão, nos Estados Unidos.

Infantino esteve no palco para a posse de Donald Trump em janeiro e temporariamente entregou o troféu de ouro do Mundial de Clubes à Casa Branca, onde tem estado em exibição ao lado do gabinete Resolute.

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