/ May 15, 2025

Eletrobras: Foco após acordo com governo é investir – 15/05/2025 – Mercado

O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, afirmou nesta quinta-feira (15) que o foco da companhia após a conclusão de acordo com o governo é ampliar investimentos, vender sua fatia na Eletronuclear e seguir reduzindo custos.

Aprovado pelos acionistas da antiga estatal em abril, o acordo garantiu três assentos ao governo no conselho de administração e desobrigou a empresa de investir na conclusão da usina nuclear Angra 3. Foi o encerramento do principal embate da Eletrobras no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Foi resultado da busca constante de diálogo com o governo desde o início”, afirmou Monteiro, em teleconferência com analistas para detalhar o prejuízo de R$ 81 milhões registrado no primeiro trimestre de 2025.

“Agora vamos focar no que é mais relevante”, disse o executivo. “Nosso programa de investimentos ganha nova dinâmica em relação à época em que a companhia era estatal.”

Após a privatização, a empresa elevou aportes até atingir o triplo da média dos últimos anos sob controle do governo.

No primeiro trimestre de 2025, os investimentos caíram 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado da conclusão das obras do complexo eólico Coxilha Negra, no Rio Grande do Sul, que consumiu R$ 2,4 bilhões.

Em seu último plano estratégico, para o período 2024 a 2028, a Eletrobras diz que quer se firmar como uma “green major”, uma companhia de porte global com foco em energias renováveis.

Nesse sentido, concluiu no primeiro trimestre a venda de parcela significativa de suas usinas térmicas a gás natural, arrematadas pelo grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, por R$ 2,9 bilhões. Falta apenas concluir procedimentos regulatórios para a venda da usina Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

“Nossa geração [de energia] agora se aproxima de 100% baseada em hídrica, solar e eólica”, afirmou Monteiro na teleconferência.

A venda da fatia de 35% na Eletronuclear entrou no foco também após o acordo, que retirou da empresa sua missão de investir na expansão do parque nuclear brasileiro. Monteiro diz que a Eletrobras segue procurando interessados, mas não deu maiores detalhes.

Sobre o foco na redução de custos, o presidente da Eletrobras disse que todos os ganhos até o momento foram obtidos em comparação com os tempos de estatal. A gestão quer agora comparar a companhia com concorrentes, para tentar atingir níveis de custos compatíveis ao mercado.

“Não há motivo pelo qual a Eletrobras não possa ser a empresa mais eficiente do setor”, afirmou. A celebração, no primeiro trimestre, de novo acordo coletivo de trabalho que aproxima as relações com seus funcionários do setor privado foi um passo nesse sentido.

No primeiro trimestre, a companhia registrou queda de 15,1% nos gastos com pessoal, resultado impulsionado também pela queda de 13% no número de empregados a partir de de planos de demissão voluntária.

O prejuízo, explicou a companhia, ocorreu pela revisão regulatória da base de ativos de transmissão de energia da subsidiária Chesf pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que reduziu o valor contábil desta empresa.

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