Principal porta para um dos litorais mais bonitos do Brasil, a capital cearense é, muitas vezes, apenas uma escala. Mas, felizmente, não é preciso de muito tempo para que a cidade caia nas graças de quem a visita.
É bem verdade que os espigões que ajudam a conter a força do mar sobre a orla podem causar certa estranheza a quem procura praias cinematográficas, mas essa sensação é logo ofuscada pela imensa riqueza natural, cultural e humana da cidade.
Fortaleza, diz-se, tem “um Sol para cada um”. Por isso, é bom se planejar para passar o pico do calor (entre 11h e 14h) em lugares fechados ou pelo menos sombreados —e talvez até fazer siesta.
Se for a sua primeira vez, considere dedicar um dia a mais para visitar o Beach Park, parque aquático símbolo do estado. Para facilitar os deslocamentos, hospede-se à beira-mar, entre o Meireles e a Aldeota.
Fortaleza, diz-se, tem “um Sol para cada um”. Por isso, é bom se planejar para passar o pico do calor (entre 11h e 14h) em lugares fechados ou pelo menos sombreados —e talvez até fazer siesta.
Se for a sua primeira vez, considere dedicar um dia a mais para visitar o Beach Park, parque aquático símbolo do estado. Para facilitar os deslocamentos, hospede-se à beira-mar, entre o Meireles e a Aldeota.
Veja a seguir um roteiro para curtir o melhor de Fortaleza em três dias.
DIA 1
Para matar logo a sede de praia, dedique esse primeiro dia a Sabiaguaba, praia no extremo leste da capital, cercada de dunas, onde o rio Cocó encontra o mar. É possível ir de carro ou Uber mas, especialmente se você tiver chegado cedo, vale incluir no passeio uma passada no Parque do Cocó, o maior parque urbano da América Latina. De lá, um passeio de barco (R$ 300 para até cinco pessoas no Instagram @navegacao_coco) desce o rio Cocó até a Sabiaguaba, atravessando uma natureza aparentemente tão intocada que fará com que você se esqueça de que está numa grande cidade.
Passe o dia na praia (é preciso combinar isso com o barqueiro antes do passeio) e, na volta, de Uber, mate a fome nos pratinhos da Cidade 2000 ou no Centro das Tapioqueiras, um polo gastronômico popular que serve uma variedade infinita de tapiocas generosamente recheadas e acompanhadas de cafezinho à vontade. Tudo por menos de R$ 30 por pessoa.
Caso o cansaço tenha te forçado a voltar direto para o hotel, as agitadas e simpáticas ruas Sabino Pires e Norvinda Pires, na Aldeota, têm opções de jantar para todos os gostos e bolsos. Destaque vai para os hambúrgueres do Hey Joe e para a animação musical do Simpatizo Amor de Bar.
DIA 2
Comece o dia explorando os equipamentos culturais do centro, como o Dragão do Mar e a Praça da Estação, onde ficam a Pinacoteca do Ceará e a Estação das Artes —todos com uma densa e qualificada programação. Mais ou menos perto dali estão dois monumentos arquitetônicos da cidade: o Theatro José de Alencar, de 1910, e o Cine Teatro São Luís, de 1938, que além da programação regular, oferecem visitas guiadas durate o dia. Não dá para visitar tudo em uma manhã, mas vale checar o que está passando nesses espaços e dedicar algumas horas ao que mais te interessar.
Também ali pelo centro ficam o Mercado Central, ótimo para comprar lembrancinhas que vão além dos tradicionais artesanatos, incluindo artigos de couro e redes; e o Passeio Público, a mais antiga praça da cidade, que dá ao visitante um gostinho de como era a vida em Fortaleza entre o final do século 19 e o começo do 20.
Dedique a tarde e o começo da noite para conhecer a beira-mar. Um bom ponto de chegada é a Ponte dos Ingleses, recentemente reformada. À esquerda dela fica o Poço da Draga, onde o público predominantemente jovem faz a festa saltando no oceano do alto da ponte metálica.
À direita de quem olha para o mar, fica a praia dos Crush, bastante agitada e já com estrutura de barracas e serviços. Ela é margeada por um espigão que entra 700 metros mar adentro —não deixe de caminhar até o final dele para sentir a força dos ventos alísios, e ter uma visão mais de fora de toda a orla da cidade.
Para uma cervejinha pós-praia, com ou sem jantar, sente-se na simpática varanda do Mar de Rosas, restaurante encantador que também é uma opção para o almoço, com pratos caprichados e apresentação impecável. Ele fica na rua dos Tabajaras, uma das mais boêmias da cidade, onde está também o JamRock, para quem curte um reggae. Se a sua praia for o samba, vai gostar mais do Teresa&Jorge, que agita uma esquina a 900 metros dali.
DIA 3
Comece o dia visitando o MIS, o Museu da Imagem e do Som, outro importante centro cultural de Fortaleza, inaugurado em 2022 e que atualmente abriga uma exposição de fósseis do Cariri e uma outra de fotografias feitas pelo japonês Hiromi Nagakura em uma viagem pela Amazônia nos anos 1990 —com curadoria do ambientalista Ailton Krenak.
Assim que o Sol permitir, se despeça do mar de Fortaleza na praia no Miereles ou na praia do Náutico, que também têm infraestrutura de barracas, mas com um ambiente mais turístico e familiar. Elas ficam mais próximas do principal trecho da nova beira-mar de Fortaleza, inaugurada em 2022, que concentra a famosa feirinha da beira-mar e inúmeras opções de comida de rua.
Até o ano que vem, os dois espigões dali, que foram concedidos ao Beach Park, serão repaginados com restaurantes e brinquedos.
No final da tarde, siga a pé ou de bicicleta pela beira-mar até o Mercado dos Peixes, onde é possível comprar os mais frescos frutos do mar da cidade e levá-los ao restaurante de sua preferência, que cobrará apenas pelo preparo e pelo serviço. Mesmo que eles não sejam a sua praia, não deixe de ir. Visto de lá, o pôr do sol é de cair o queixo.