/ May 15, 2025

Vendas no varejo do Brasil avançam 0,8% em março – 15/05/2025 – Mercado

As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,8% em março na comparação com o mês anterior e caíram 1,0% sobre um ano antes, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (15). É o terceiro mês seguido de alta.

Com o resultado, o setor renovou mais uma vez o recorde de uma série histórica iniciada em 2000. A máxima anterior havia sido alcançada em fevereiro de 2025, segundo o IBGE.

O resultado, contudo, ficou abaixo da expectativa da Reuters, que projetava um avanço de 1% na comparação mensal e de queda de 0,5% sobre um ano antes.

Um cenário de inflação elevada, política monetária retracionista e acomodação no mercado de trabalho devem levar a economia a uma desaceleração gradual neste ano, segundo analistas, podendo desanimar os consumidores, principalmente em relação a produtos mais dependentes de crédito.

O Banco Central elevou na semana passada a taxa básica de juros Selic a 14,75% ao ano.

Ainda pairam sobre o cenário os efeitos sobre a economia global das tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo em março, seis tiveram resultado positivo sobre o mês anterior.

“No último mês, o que chama mais atenção é o perfil distribuído do crescimento intersetorial. Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados”, disse o gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos.

Os destaques foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (+28,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+3,0%).

Santos explicou que o desempenho positivo do setor de livros e jornais aconteceu em março desta vez, e não em fevereiro como nos últimos anos, por conta de variações no calendário escolar e variações nos momentos de fechamento de contratos novos.

Já as vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 0,4% no mês. Os demais resultados positivos em março vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+1,2%); e tecidos, vestuário e calçados (+1,2%).

Tiveram retração nas vendas móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-2,1%).

“O setor de combustíveis e lubrificantes vinha de dois resultados no campo positivo em janeiro e fevereiro. No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês”, disse Santos.

No comércio varejista ampliado –que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –houve avanço de 1,9% em março sobre fevereiro.

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