/ May 17, 2025

EUA avaliam dificultar vendas a empresas de chips da China – 16/05/2025 – Mercado

O governo Trump planeja incluir diversas empresas chinesas fabricantes de chips em uma lista de exportação controlada, mas algumas autoridades defendem o adiamento da medida para não prejudicar os esforços de firmar um acordo comercial de longo prazo com a China.

Empresas dos EUA não podem vender para companhias chinesas listadas sem obter licenças do governo, cada vez mais difíceis de serem concedidas.

O Departamento de Comércio elaborou uma lista de empresas chinesas —incluindo a fabricante de chips de memória ChangXin Memory (CXMT)— para acrescentar à chamada “lista de entidades”, segundo cinco pessoas com conhecimento do assunto.

Algumas dessas fontes disseram que o Departamento de Indústria e Segurança —órgão do Departamento de Comércio responsável pelo controle de exportações— preparou uma lista que também inclui subsidiárias da Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), maior fabricante de chips da China, e da Yangtze Memory Technologies (YMTC), principal produtora chinesa de chips de memória. SMIC e YMTC já integram a lista.

O momento da medida, no entanto, tornou-se mais delicado após o acordo firmado entre China e EUA em Genebra, no fim de semana, para reduzir por 90 dias tarifas recíprocas, a fim de facilitar a conclusão de um acordo comercial mais amplo.

Algumas autoridades do governo Trump argumentaram que impor controles de exportação a grupos chineses estratégicos poderia atrapalhar as negociações.

Outros, porém, ressaltaram que os republicanos têm criticado o governo Biden por adiar medidas de enfrentamento à China com o objetivo de manter o que chamam de “diplomacia zumbi”.

Críticos da China há tempos pressionam por sanções à CXMT, que vem expandindo rapidamente sua fatia no mercado global de chips de memória DRAM (sigla para Dynamic Random-Access Memory, circuitos integrados que armazenam dados de forma dinâmica). A empresa também lidera iniciativas para se posicionar no desenvolvimento de memória de alta largura de banda (HBM), essencial para o funcionamento de modelos de inteligência artificial.

A inclusão das fabricantes de chips na lista de exportação controlada é mais uma tentativa dos EUA de dificultar o acesso da China a chips avançados e tecnologias de fabricação americanas, que poderiam ser usados na modernização de suas Forças Armadas.

Autoridades de segurança dos EUA demonstram preocupação com a facilidade com que a China tem acessado tecnologia americana, o que teria ajudado no desenvolvimento de armas hipersônicas e na modelagem de armamentos nucleares.

As empresas chinesas citadas não foram localizadas para comentar. A embaixada chinesa em Washington também não se pronunciou, mas afirmou: “A China se opõe firmemente à ampliação excessiva do conceito de segurança nacional pelos EUA, ao uso abusivo dos controles de exportação e à repressão maliciosa e injustificada contra a China”.

“O presidente Trump deixou claro que, se o Partido Comunista Chinês continuar agindo de má-fé, haverá consequências”, declarou o Comitê da Câmara dos Representantes sobre a China.

“Ações como a inclusão na lista de entidades do BIS são tomadas com base em riscos concretos à segurança nacional. Se o presidente Xi [Jinping] quer que os EUA parem de sancionar suas empresas, ele deveria deixar de usar o capitalismo como ferramenta para sustentar seu regime autocrático”.

O Departamento de Comércio e a Casa Branca não quiseram comentar.

Notícias Recentes

Travel News

Lifestyle News

Fashion News

Copyright 2025 Expressa Noticias – Todos os direitos reservados.