O aumento da taxa de desemprego no Brasil foi acompanhado por altas do indicador em 12 estados no primeiro trimestre de 2025, ante os três meses finais de 2024.
É o que apontam dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O instituto disse que o desemprego ficou estável, sem variação significativa, nas outras 15 unidades da federação.
Segundo o órgão, Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) mostraram as maiores taxas. As menores foram de Santa Catarina (3%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
Na média do Brasil, a taxa de desemprego foi de 7% no primeiro trimestre de 2025, após marcar 6,2% nos três meses finais de 2024. Os números integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O resultado do país havia sido publicado pelo IBGE no fim de abril. Nesta sexta, o órgão divulgou a versão mais detalhada da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que inclui dados dos estados.
Apesar do avanço, a taxa de desemprego de 7% é a menor do Brasil para o primeiro trimestre na série histórica. O levantamento começou em 2012.
No início de ano, o desemprego costuma subir com a busca por recolocação após o fechamento de vagas temporárias.
Para William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, o mercado de trabalho brasileiro, mesmo com esse aumento, mostrou que está resiliente.
“Esse aumento no primeiro trimestre é sazonal, devido ao fim dos contratos temporários para o fim de ano. O aumento de 0,8 ponto percentual foi menor que a média dos aumentos [1,1 p.p.] para esse trimestre, o que garantiu que essa taxa de desocupação fosse a menor para um primeiro trimestre na série histórica”, disse o técnico.