/ May 17, 2025

PF: advogado também atuou em leilão anulado de megafazenda – 16/05/2025 – Painel S.A.

A operação da Polícia Federal sobre o esquema de vazamentos e venda de decisões no STJ teve como alvo um advogado que atua também no caso de suspeita de irregularidades na compra de uma das maiores fazendas de soja do Centro Oeste.

Entre os locais onde houve busca e apreensão pela PF estavam endereços ligados a Ussiel Tavares, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Mato Grosso, em Cuiabá. Ele nega qualquer irregularidade.

Ussiel também é um dos advogados que representam o BTG no processo em que a Justiça anulou a compra de uma megafazenda, avaliada hoje em R$ 1 bilhão, por considerar o preço do negócio vil, gerando enriquecimento sem causa ao comprador, o banco.

Como revelou o Painel S.A revelou, o negócio foi feito por leilão, em 2018, no qual o Banco Sistema (antigo Bamerindus), adquirido pelo BTG, arrematou a propriedade da Camponesa Agropecuária na Chapada dos Guimarães por R$ 130,5 milhões.

Laudo apresentado pela proprietária à Justiça, no entanto, apontou que a propriedade estava avaliada em mais de R$ 500 milhões. No mercado, a fazenda é avaliada hoje em mais de R$ 1 bilhão.

A decisão de cancelar o resultado do leilão também se deu porque, apesar de a fazenda ter sido dada como garantia em empréstimos (via Banco Sistema), o BTG também usou a dívida de outra empresa do grupo com o banco —a Laranjal Agropastoril— como crédito na compra da fazenda de soja da Camponesa.

Em nota, a OAB de Mato Grosso disse que acompanhou a operação “para garantia das prerrogativas”. “Quanto a eventual falta ética, o caso será avaliado pelo Tribunal de Ética e Disciplina para medidas cabíveis.”

Ao comentar a operação da PF sobre a investigação de vendas de sentenças, Ussiel reforçou seu “total compromisso com a verdade”. “Coloco-me inteiramente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários”, disse o advogado.

De acordo com a PF, as investigações identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas propinas lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do STJ, “de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido”.

Com Diego Felix


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