A Luckin Coffee, que desbancou a Starbucks em número de lojas na China, prepara sua chegada aos Estados Unidos, onde agora enfrentará a gigante americana em seu próprio país.
Segundo a imprensa americana, a primeira loja será inaugurada em Nova York, no bairro de East Village.
A informação não foi confirmada pela empresa, que tampouco deu uma data para a inauguração. Mas os planos de expansão já eram conhecidos, como noticiou o Financial Times.
A Luckin Coffee é vista como a maior ameaça à Starbucks, e sua chegada aos Estados Unidos ocorre em momento em que a rede de cafeterias de Seattle enfrenta dificuldade para reverter uma sequência de resultados financeiros ruins. As vendas caíram por quatro trimestres consecutivos.
Diante disso, a Starbucks trocou de comando. Brian Niccol assumiu a empresa em setembro de 2024 com a promessa de revitalizar a companhia e investir na melhoria da experiência do cliente, no que Niccol chamou de plano “Back to Starbucks” (“de volta à Starbucks”).
Isto porque, segundo ele, a empresa havia deixado de lado o bom atendimento ao cliente que era uma das suas marcas dos anos iniciais.
Enquanto isso, a Luckin Coffee cresce rapidamente, adotando um modelo de negócios baseado em bebidas baratas e vendas por aplicativo de celular.
Criada em 2017, a chinesa fechou 2023 com uma receita de R$ 3,5 bilhões, crescimento de 87% em relação ao ano anterior. Na China, tem cerca de 20 mil lojas, mais que o dobro da Starbucks.
Em 2020, a marca se envolveu em um escândalo, quando uma investigação da SEC – agência dos EUA que regulamenta os mercados financeiros– apontou fraude nos dados do grupo. Na ocasião, o CEO foi demitido, e a empresa teve que pagar uma multa de US$ 180 milhões (cerca de R$ 900 milhões).
Os cafés da Luckin Coffee rivalizam com a Starbucks, já que ambas as empresas têm um cardápio amplo de bebidas geladas e com complementos, como leites, xaropes e outros ingredientes.
A chinesa, contudo, tem preços bem menores do que a concorrente.
No ano passado, a Luckin Coffee anunciou o plano de comprar R$ 2 bilhões em café do Brasil.
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