A Nissan está considerando planos para fechar fábricas no Japão e no exterior, incluindo na Argentina e México, disseram pessoas à Reuters no sábado (19), como parte de um plano de corte de custos que a empresa sinalizou no início da semana passada.
A montadora está pensando em fechar a fábrica japonesa de Oppama, onde a Nissan iniciou a produção em 1961, e a fábrica de Shonan, operada pela Nissan Shatai, na qual a Nissan tem 50% de participação, disseram as fontes, o que a deixaria a companhia com apenas três instalações de fabris no Japão.
No exterior, além de Argentina e México, a Nissan está considerando encerrar a produção em fábricas na África do Sul e Índia, disse uma das fontes.
A terceira maior montadora do Japão revelou amplos cortes de custos na terça-feira, dizendo que reduzirá sua força de trabalho em cerca de 15% e cortará as fábricas de 17 para 10 em todo o mundo.
O jornal Yomiuri, que noticiou pela primeira vez o possível fechamento de fábricas no Japão e no exterior, disse que duas instalações no México estão sendo consideradas.
“Neste momento, não faremos mais comentários sobre esse assunto”, disse a Nissan em comunicado à imprensa. “Estamos comprometidos em manter a transparência com nossas partes interessadas e comunicaremos quaisquer atualizações relevantes, conforme necessário.”
Em declaração no sábado, a Nissan disse que havia anunciado anteriormente que consolidaria a produção das picapes Nissan Frontier e Navara do México e da Argentina em um único centro de produção centralizado em torno da fábrica de Civac, no México.
O fechamento de fábricas no Japão marca a primeira ação do tipo pela montadora japonesa desde o encerramento da fábrica de Murayama em 2001.
A fábrica de Oppama tem capacidade anual de cerca de 240 mil carros por ano e empregava cerca de 3.900 trabalhadores no final de outubro. Em 2010, ela se tornou a primeira fábrica da Nissan a começar a produzir o Leaf, amplamente considerado o primeiro veículo elétrico do mercado de massa do mundo.
A fábrica de Shonan, que produz vans comerciais, tem uma capacidade anual de cerca de 150 mil unidades e emprega cerca de 1.200 pessoas.