A Justiça do Paraná pôs fim a uma disputa que se arrasta há pouco mais de uma década e marcou o leilão da Imcopa para 3 de julho. A companhia é uma das líderes mundiais no processamento da soja transgênica.
A sentença é da juíza Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, da 26ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça do Paraná.
A empresa retornou ao controle do Grupo Petrópolis, controlado pela família Faria, no ano passado, após anos de disputa.
Com mais de 50 anos, ela possui duas fábricas, uma em Araucária e outra em Cambé. Juntas, elas têm capacidade de esmagar 1,5 milhão de toneladas de soja por ano; produzir 240 mil toneladas por ano de proteína concentrada do grão e envasar 80 mil garrafas de óleo por hora —a marca “Leve” pertence ao grupo.
Histórico
A companhia entrou em recuperação judicial em 2013. Naquele momento, a família Faria, acionista do grupo Petrópolis, decidiu comprar créditos da Imcopa e cotas da empresa.
Esse negócio foi realizado por meio de uma empresa criada especialmente para isso, que ficou sob administração de Ruy Del Gaiso e Renato Mazzucchelli.
A partir de 2018, teve início uma longa batalha judicial, no Brasil e em Luxemburgo, pela Imcopa que envolveu fraude de documentos para o afastamento dos Faria.
Del Gaiso e Mazzucchelli foram afastados pela Justiça e, no ano passado, a Justiça determinou que a gestão da Imcopa retornaria à família, o que destravou o leilão da companhia pela liberação dos créditos que, antes, estavam sob questionamento.
Com Diego Felix