/ May 23, 2025

Brasil perde US$ 402 milhões por mês com embargos – 22/05/2025 – Vaivém

Os 19 países, mais a União Europeia, que estão com embargo total às compras da carne brasileira de frango, são responsáveis por 45% do volume dessa proteína exportada pelo Brasil. No mês passado, eles compraram 210 mil toneladas, de um total de 463 mil enviadas ao exterior, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Já a dezena de países que está com restrições apenas ao Rio Grande do Sul comprou 11 mil toneladas do estado, 2,4% das exportações mensais do país. O Brasil deixa de exportar por mês, portanto, 222 mil toneladas. Ao preço de US$ 1.811 cada, as receitas que não entram podem somar US$ 402 milhões por mês.

Se parte dos que estão com embargo total não flexibilizar essa decisão de impor barreira total ao país, as receitas das exportações de frango vão ter um baque forte nas próximas semanas. O país vinha exportando 20,3 mil toneladas de carne de frango por dia útil neste mês, no valor de US$ 1.811 cada, gerando receitas de de US$ 36,8 milhões por dia útil.

Se tudo correr como espera o Ministério da Agricultura, as exportações voltariam na segunda quinzena de junho. É o período legal para que a Organização Mundial de Saúde Animal devolva ao Brasil o status de livre da gripe aviária.

Esse cenário só será possível, porém, se não ocorrer mais nenhum caso da doença em granjas comercias. Por ora, os laboratórios brasileiros avaliam mais dois casos nessa situação. Um em Santa Catarina e outro em Tocantins.

Devido à importância do Brasil no cenário internacional, já que o país coloca 39% da carne de frango comercializada no mercado mundial, é provável que muitos países reduzam o embargo ao Rio Grande do Sul, como já fizeram alguns, entre eles a Rússia.

O Brasil exporta de 450 mil a 480 mil toneladas de frango por mês no mercado externo e, sem essa carne, os preços vão sofrer elevação nos países mais dependentes da proteína brasileira.

Indústrias do setor e governo devem aproveitar essa pressão sobre os preços externos para tentar reduzir a área de embargo dos grandes importadores. Afinal, são países que já convivem com a gripe aviária e nada vai alterar a situação sanitária deles.


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