/ May 23, 2025

IOF: Entenda como fica a cobrança do tributo – 23/05/2025 – Mercado

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) implementou mudanças significativas no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com o objetivo de aumentar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026, conforme estimativas do Ministério da Fazenda. As alterações abrangem operações de crédito, câmbio e previdência privada.

Para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior o governo recuou sobre o aumento, mantendo a alíquota zero. Na proposta inicial de aumento do IOF, o tributo seria de 3,5%, o que repercutiu mal no mercado financeiro.

CONFIRA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NO IOF

Operações de crédito pessoas físicas (empréstimos e financiamentos)

Crédito para empresas

  • A alíquota anual foi elevada de 1,88% para 3,95%, equiparando-se à taxa aplicada às pessoas físicas

  • Na contratação, a alíquota sobe de 0,38% para 0,95% —ao dia, passa de 0,0041% para 0,0082%

  • Para empresas do Simples Nacional, a alíquota subiu de 0,88% para 1,95% ao ano em operações de até R$ 30 mil

  • MEIs (Microempreendedores Individuais) passam a pagar 1,95% ao ano

  • Cooperativas de crédito com operações acima de R$ 100 milhões anuais terão alíquota de 3,95% ao ano; cooperativas rurais permanecem isentas

Câmbio

  • Compras internacionais com cartões de crédito, débito, pré-pagos e cheques de viagem tiveram a alíquota unificada em 3,5%, um aumento em relação aos 3,38% anteriores

  • A compra de moeda estrangeira em espécie e remessas para contas de brasileiros no exterior passaram de 1,1% para 3,5%

  • Empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias) agora têm alíquota de 3,5%, revertendo a isenção vigente desde 2023

  • Outras operações de câmbio não especificadas tiveram a alíquota de saída elevada de 0,38% para 3,5%; a entrada permanece em 0,38%

Previdência privada (VGBL)

  • Foi instituída uma alíquota de 5% para aportes mensais superiores a R$ 50 mil em planos de previdência privada do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Abaixo desse valor, a alíquota continua zerada

Recuo parcial do governo

Após críticas do mercado financeiro e de setores econômicos, o governo revogou parte das mudanças:

  • A alíquota do IOF sobre aplicações de fundos nacionais no exterior, inicialmente elevada para 3,5%, foi revertida para 0%

  • A alíquota sobre remessas ao exterior destinadas a investimentos permanece em 1,1%

Operações internacionais













Operação Como era Como fica
Cartões de crédito e débito internacionais 3,38% 3,5%

Cartão pré-pago internacional, cheques de viagem para gastos pessoais
3,38% 3,5%
Remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior para investimento 1,1% 1,1% (governo havia previsto 3,5%)
Compra de moeda em espécie 1,1% ¨3,5%
Empréstimo externo de curto prazo Zero 3,5%
Transferências relativas a aplicações de fundos no exterior Zero Zero (governo havia previsto 3,5%)
Operações não especificadas 0,38%
Entrada: 0,38%

Saída: 3,5%
Crédito para empresas 1,88%
3,5%
Simples Nacional 0,88% 1,95% para operações acima de R$ 30 mil

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