A indústria farmacêutica brasileira atingiu um recorde de geração de vagas de trabalho em 2024, com 203 mil empregos formais, uma alta de 4% em comparação a 2023. O setor também registrou uma remuneração média real de R$ 6.526 mensais, um crescimento de 16,7%.
Com esse desempenho, farmacêuticas e farmoquímicas lideram os salários mais altos entre os principais segmentos da indústria, superando setores como o automotivo, de produtos químicos, de equipamentos de informática e de produtos eletrônicos.
Em segundo lugar no ranking de salários está o setor de fabricação de equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, com remuneração média de R$ 5.085,90.
A indústria farmacêutica também teve o segundo menor número de desligamentos no ano, com 27.644 registros, ficando atrás apenas da indústria do fumo.
Os dados fazem parte de um levantamento do Grupo FarmaBrasil, associação de 12 laboratórios nacionais responsáveis por 36% de um mercado que movimenta aproximadamente R$ 150 bilhões ao ano no Brasil
O levantamento mostrou que mulheres representam 50% da força de trabalho e que 43% dos colaboradores têm ensino superior completo, o maior índice entre os setores da indústria. O estudo também aponta que a expectativa de crescimento médio da indústria farmacêutica é de 9,2% ao ano até 2028.
“Esse ritmo reforça a importância de políticas públicas consistentes e de investimentos contínuos em inovação, produção local e capacitação profissional para que o setor mantenha sua trajetória de expansão e competitividade”, afirmou Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil.
O Brasil é líder isolado no mercado farmacêutico na América Latina, com 47% de participação, seguido pelo México com 21%, a Colômbia com 8% e a Argentina com 7%.