/ May 30, 2025

Aumento do IOF: Haddad vai ao Congresso negociar – 28/05/2025 – Mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir ainda nesta quarta-feira (28) com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir mudanças ao texto do decreto do governo Lula (PT) que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de uma série de operações de câmbio e crédito de empresas.

A ideia é que possam ser discutidas alternativas ao texto e, assim, evitar que os parlamentares aprovem um PDL (projeto de decreto legislativo) que suste os efeitos da norma do Executivo, impondo uma nova derrota ao governo federal. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) também deve participar do encontro.

Implementado na semana passada, esse aumento do IOF vem sendo alvo de críticas de setores empresariais e de parlamentares. Na Câmara, até mesmo partidos que integram a base aliada do governo indicaram que poderiam votar favorável ao PDL —foram protocolados mais de 20 projetos desse tipo que miram sustar o decreto do Executivo.

Se esse movimento se concretizar, será o segundo recuo do governo federal em relação ao tema.

No último dia 22, horas após baixar o decreto para aumentar o IOF, o governo chamou uma reunião de emergência e decidiu rever pontos da medida.

De acordo com relatos colhidos pela reportagem, Haddad também telefonou a líderes da Câmara nesta quarta para informar que a Fazenda recebeu sugestões da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e analisaria o que poderia ser feito em relação ao conteúdo da proposta. Haddad se reuniu mais cedo nesta quarta com membros da entidade e representantes dos maiores bancos privados do país.

O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a pasta está disposta a discutir alternativas a “itens isolados” do aumento do IOF.

A principal preocupação do setor é com a elevação do custo do crédito, em decorrência do aumento do IOF na contratação de operações pelas empresas. Do lado do governo, o aperto nas condições de crédito foi, na ocasião do anúncio das medidas, elencado como uma forma de ajudar o Banco Central na tarefa de esfriar a economia e controlar a inflação.

“A gente discutiu alternativas apresentadas pela Febraban, outras que a gente trouxe para o debate, e é natural que a gente avance nesse debate sobre o que poderia ser uma alternativa a itens isolados desse ajuste no IOF. Seguimos em diálogo para estudar, entender o que tem de alternativa e poder tomar uma decisão no momento seguinte”, afirmou Durigan nesta quarta.

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