O censo anual realizado pelo Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) apontou que a desigualdade de gênero nas áreas de engenharia, agronomia e geociência chega a uma mulher para cada quatro homens.
O levantamento, feito pelo instituto Quaest com base em 48 mil entrevistas entre setembro de 2024 e fevereiro deste ano, revelou que homens representam 80% dos profissionais registrados no conselho, enquanto as mulheres correspondem a 20% do total.
Entretanto, os dados indicam um crescimento na participação feminina nos últimos anos. Entre os homens, 24% se registraram nos últimos cinco anos; entre as mulheres, o percentual é de 36%.
Na faixa com menos de 30 anos, as mulheres representam um terço dos profissionais. O número ainda é distante da equidade de gênero, mas muito superior à proporção entre as que possuem mais de 60 anos (12%).
A mudança na demografia do conselho fica evidente na idade média por gênero: 43 anos para homens, e 38, para mulheres.
Motivação
Entre os homens, 36% afirmaram que sonhavam com a carreira desde a infância, enquanto esse percentual entre mulheres é de 26%. Por outro lado, 27% das mulheres disseram ter escolhido a carreira por serem boas alunas em disciplinas relacionadas às áreas de engenharia, agronomia e geociência ainda na escola, contra 19% entre os homens.
A maior parte dos entrevistados é do ramo da engenharia civil (44%), seguido pela engenharia eletrônica (14%) e mecânica (11%). No total, esse grupo engloba 88% dos filiados ao Confea.
Mais da metade dos entrevistados (54%) vivem na região Sudeste. O Sul aparece em segundo lugar, com 18%, seguido pelo Nordeste (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (6%).
Com Carlos Villela