As contas do governo central tiveram um superávit de R$ 17,8 bilhões em abril de 2025, informou nesta quinta-feira (29) o Tesouro Nacional. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 2022, quando houve um saldo positivo de R$ 33,1 bilhões, em valores já atualizados pela inflação.
Com isso, o governo acumulou um superávit de R$ 72,4 bilhões nos primeiros quatro meses do ano. Nesta comparação, o resultado também é o melhor desde 2022, quando houve saldo positivo de R$ 92,7 bilhões, também já descontado o efeito da inflação.
As contas do governo central incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
Segundo os dados do Tesouro, a despesa total do governo central cresceu 2,5% em abril ante igual mês do ano passado, já descontada a inflação do período. No acumulado do primeiro quadrimestre, houve uma queda real de 1,9%.
Nos dois recortes, os principais fatores por trás da alta nos gastos são os benefícios previdenciários, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e a complementação da União ao Fundeb (fundo da educação básica).
No caso do BPC, a forte expansão das despesas tem sido foco de atenção da equipe econômica. Seguindo a tendência demonstrada desde o início do ano, o gasto com o benefício teve um crescimento de 9,9% acima da inflação em abril, e o valor mensal da folha de pagamento chegou a R$ 10,7 bilhões.
No consolidado dos primeiros quatro meses, a alta real é de 11,6%, com um gasto acumulado de R$ 41,8 bilhões no período.
Já a receita líquida de transferências subiu 5,1% em abril, já livre do efeito de preços. Nos quatro primeiros meses, a alta real é de 3,3%.