A B3, Bolsa de Valores brasileira, realizou nesta quinta-feira (29) em São Paulo um evento em homenagem a empresas de mídia centenárias do país. A Folha, que completou 104 anos em fevereiro, foi uma das homenageadas, ao lado dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

No evento, diretores dos três veículos receberam uma condecoração da B3 e foram convidados a discursar e realizar um toque especial da campainha de abertura de mercado.

Gilson Finkelsztain, CEO da B3, afirmou que a imprensa é essencial para a construção de uma sociedade mais informada, ética e democrática. “O jornalismo fiscaliza, questiona, dá voz à pluralidade. E a B3 entende essas características como qualidades vitais.”

“A imprensa tem papel fundamental na educação financeira do brasileiro. Não dos mais de 5 milhões que já investem em ações”, afirmou o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, em seu discurso. “Mas do imenso contingente que desconhece a modalidade, para não dizer da maioria dos brasileiros que não tem com o que investir e ainda é lesada por meio de golpes e artifícios cada vez mais sofisticados.”

Dávila também reconheceu a importância do fortalecimento do mercado de capitais para o desenvolvimento sustentável do Brasil e saudou a iniciativa de reunir empresas centenárias, incluindo a B3, para uma homenagem no centro de São Paulo.

“O centro vive e revive com atores como esses. Sem centro vivo, nenhuma cidade pode ser digna. Sem imprensa livre, nenhuma democracia sobrevive.”

Além de Dávila, participaram do evento Frederic Kachar, diretor-geral da Editora Globo e do Sistema Globo de Rádio; Maria Fernanda Delmas, diretora de redação do Valor Econômico; e Luiz Rivoiro, chefe da sucursal de O Globo em São Paulo.

Kachar, representando o jornal O Globo, que completa cem anos em 2025, afirmou que a homenagem é necessária para os tempos atuais, marcados por revoluções tecnológicas.

“Se a tecnologia permitiu revoluções fantásticas, e nos ajudou a alcançar muito mais pessoas, também traz desafios para uma imprensa comprometida com a verdade. É nosso papel levar informação e educação para a sociedade. Se somos centenários, é porque fomos muito bem-sucedidos em defender nossa essência”, disse.