Apesar de nunca ter sido confirmada oficialmente pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a camisa vermelha da seleção brasileira já existe. Ao menos no Brás, em São Paulo, em sua versão pirata. Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apreenderam, na manhã desta terça-feira (3), grande quantidade do polêmico uniforme na chamada Feirinha da Madrugada, região central da cidade.
Segundo a polícia, o material estava distribuído em seis lojas, que tiveram seus responsáveis presos com base na Lei Geral do Esporte. Os policiais buscavam vendedores de artigos esportivos com distintivos de times que sofreram falsificação.
Os investigadores dizem acreditar que a camisa vermelha era o grande chamariz das vendas, por conta do jogo da seleção na próxima semana, em São Paulo. As camisetas apreendidas tinham a logomarca da Nike, fornecedora oficial de material esportivo da seleção.
A polêmica em torno de uma suposta segunda camisa vermelha da seleção começou em abril deste ano, quando um site especializado divulgou o plano de criar o uniforme. Ele substituiria o azul, usado como opção à tradicional camisa amarela.
A Nike, com a qual a CBF renovou seu contrato no ano passado, estendendo o vínculo até 2038 pelo valor de US$ 100 milhões (R$ 563 milhões), também nunca confirmou a existência da camisa vermelha. O uniforme levaria o símbolo da Jordan, marca controlada pela empresa.
Em abril mesmo, a CBF divulgou nota na qual afirmou que os modelos que circulam na internet não são oficiais. Sem citar a cor vermelha, a entidade disse apenas que a nova coleção ainda será definida e divulgada em conjunto com a fornecedora e que os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos.