A montadora Volkswagen anunciou que cerca de 20 mil funcionários devem deixar voluntariamente a empresa até o final da década, como parte de um processo de reestruturação de suas operações na Alemanha diante da demanda pouco estável por seus veículos.

O resultado mostra que os planos de reestruturação da companhia estão no caminho certo, afirmou Gunnar Kilian, diretor de recursos humanos e membro do conselho da Volkswagen, durante uma assembleia com trabalhadores realizada nesta terça-feira (3) em Wolfsburg, na Alemanha.

“Com avanços mensuráveis nos custos da fábrica em Wolfsburg e cortes de empregos realizados de forma socialmente responsável nas seis unidades da Volkswagen AG na Alemanha, estamos acelerando nossa transformação”, disse Kilian. “Cerca de 20 mil desligamentos já foram contratualmente acordados até 2030.”

A maior montadora da Europa está atualmente reduzindo sua capacidade de produção e seu quadro de funcionários na Alemanha devido ao aumento dos custos, à demanda enfraquecida no continente e à rápida ascensão de concorrentes chineses.

Em dezembro, a administração da marca VW e os líderes sindicais fecharam um acordo para cortar a capacidade de produção na Alemanha em mais de 700 mil unidades e reduzir o quadro de pessoal em 35 mil postos de trabalho até o fim da década. As marcas irmãs Audi e Porsche também estão promovendo cortes para reduzir custos.

Os trabalhadores ouviram o diretor financeiro da marca VW, David Powels, que destacou a necessidade de enfrentar “investimentos excessivos, baixos retornos com veículos elétricos e um ponto de equilíbrio muito elevado”.