/ Jun 06, 2025

Alexsandro Broedel perde cargo no Santander – 04/06/2025 – Mercado

Ex-diretor financeiro do Itaú, Alexsandro Broedel não vai mais assumir o cargo de diretor global de contabilidade do Santander, na Espanha. Para o seu posto, o banco escolheu Manuel Preto, que será nomeado no final de julho, logo após a divulgação de resultados do segundo trimestre.

Broedel saiu do Itaú em julho, após 12 anos trabalhando na empresa. Ele assumiria o cargo no banco espanhol em março, porém sua nomeação foi adiada para o meio do ano devido a uma reestruturação operacional no banco, conduzida por José Doncel, atual diretor de contabilidade da instituição.

Funcionário da instituição há 29 anos, Manuel Preto passou por diversos cargos de liderança e, desde 2019, acumulava as funções de CEO, CFO e chefe de estratégia —ele também ajudou nas operações do banco no Reino Unido, Espanha e Polônia.

Segundo apurou a Folha, Preto é visto internamente por Ana Botín, presidente do grupo, e pela cúpula do banco, como o executivo perfeito para assumir o cargo devido à sua experiencia em finanças, negócios e tecnologia.

A notícia é um banho de água fria nas pretensões de Broedel, que já estava morando na Espanha e aguardava o fim do período de transição de José Doncel no cargo.

Ela também chega no momento em que o Itaú avança com a acusação de desvio de poder e gestão abusiva movida contra seu ex-CFO no Brasil.

Segundo a denúncia, Broedel mantinha sociedade com Eliseu Martins, um dos mais conhecidos contadores do país, e contratou pareceres financeiros do sócio sem que o banco tivesse conhecimento da relação comercial entre os dois —o que fere as regras de governança interna. Parte dos documentos sequer foram entregues.

Na semana passada, Eliseu Martins fechou acordo com o Itaú para encerrar o processo. Ele reconheceu ter mantido uma “sociedade de fato” com Broedel, cujo objetivo era a prestação de serviços e elaboração de pareceres contábeis e consultorias.

Martins se comprometeu a pagar R$ 2,5 milhões para encerrar o caso. Ele já havia devolvido R$ 1,5 milhão ao Itaú por quatro pareceres pagos antecipadamente, mas que não foram entregues.

Ao todo, Broedel responde a dois processos que somam R$ 10 milhões, valor equivalente ao pagamento feito pelos pareceres contábeis restantes de Martins.

À Folha, Martins disse que assinou o acordo para encerrar o que definiu como “maluquice”, sobretudo para retirar os filhos do processo, com quem é sócio em duas empresas. Ele afirma que ambos não estavam envolvidos no esquema.

Consultados, Santander e Alexsandro Broedel não se manifestaram.

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