Leia, por favor, com atenção às ironias e algumas verdades.
É óbvio que o Flamengo eliminará o Internacional nas oitavas da Libertadores. Basta olhar os elencos dos dois e a posição de ambos no Campeonato Brasileiro.
O jogo de volta, no Beira-Rio, nem será necessário, tamanha a sova do Mengão sobre o Colorado no jogo de ida. Aguarde.
O Atlético Nacional só seria um adversário capaz de eliminar o São Paulo se o jogo de volta não fosse no Morumbi.
Entre Universitário de Lima e Palmeiras parece brincadeira. Não é à toa que tem quem desconfie das relações de Leila Pereira com os sorteadores, embora a coluna possa garantir que é mera teoria da conspiração. A Conmebol, afinal, tem um nome a zelar.
Só mesmo um lunático pode imaginar a LDU eliminando o Botafogo, campeão brasileiro e continental.
A única dúvida possível sobre a passagem dos brasileiros para as quartas de final está no embate entre Fortaleza e Vélez Sarsfield.
O time cearense despencou e resta torcer para que aproveite a intertemporada para deixar para trás a fase de fraqueza.
A rara leitora e o raro leitor acabam de ler projeções típicas de quem acha que o futebol brasileiro é sempre favorito e que a Libertadores há muitos anos é disputada para nossos times brilharem, tanto que nas últimas seis deu Flamengo e Palmeiras, duas vezes cada, além de Fluminense e Botafogo. É fato, mas…
Portanto, prepare-se para, ao fim do mata-mata das oitavas, constatar como se chuta a torto e a direito sobre o que, na verdade, há mais desejo, e alguma desinformação, do que análise para valer, além das obviedades de sempre.
Você se lembra de que todos os sete brasileiros seguiriam adiante na fase de grupos?
Pois o Bahia ficou no caminho eliminado pelo Inter, assim como se aposta que o Inter será derrubado pelo Flamengo, prognóstico tão óbvio como aqueles preferidos pelo futebol para serem desmentidos.
Não é diferente a situação das oitavas da Copa do Brasil.
É claro que Cruzeiro e Vasco são favoritos contra os alagoanos CRB e CSA, respectivamente, mas vida fácil não terão, assim como não terá o Bahia contra o pernambucano Retrô, no duelo entre o refinado Grupo City e o sertanejo determinado, embora sempre exista quem não dê um tostão furado pelo jovem clube de Camaragibe.
Na esteira das maldades, também há quem diga que o voto de Leila Pereira no atual presidente da CBF valeu um adversário mamão com açúcar em novo sorteio generoso com o alviverde.
Ora, descartar o Corinthians assim, sem mais nem menos, além de desrespeitoso é perigoso, porque nada melhor para ele do que ser considerado carta fora do baralho e se apresentar sem peso, franco-atirador.
Entre Athletico Paranaense e São Paulo há raivosa rivalidade e o time da Série A passará por aperto na Baixada.
Atlético Mineiro e Flamengo repetem a final do ano passado e o alvinegro não tem apelido de Vingador à toa.
E tem mais: quem disser que há favorito entre Fluminense x Inter ou Bragantino x Botafogo estará simplesmente mentindo, porque não há sob nenhum ponto de vista.
AH, SIM!
Onde já se viu o Equador querer fazer frente à seleção brasileira de Carlo Ancelotti?!
Fiquem felizes os equatorianos se não forem goleados, não é querido Pacheco?