/ Jun 06, 2025

S&P Global reafirma nota BB para crédito do Brasil – 05/06/2025 – Mercado

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings reafirmou nesta quinta-feira (5) a nota BB e a perspectiva estável para o crédito soberano do Brasil.

Em comunicado, a S&P afirma que espera um aumento persistente na dívida líquida do governo por conta dos déficits fiscais elevados. No entanto, o crescimento econômico mais fraco, em meio a uma política monetária restritiva, deve reduzir o déficit em conta corrente, reforçando a forte posição externa do país.

“Nossa perspectiva estável equilibra a fraqueza do perfil fiscal do Brasil com os pontos fortes de sua política externa e monetária”, afirma a agência.

A S&P diz que as fortes exportações de commodities e o status do real como uma moeda ativamente negociada, reduzindo as necessidades de financiamento externo, também ajudarão a manter a posição externa do Brasil mais sólida.

Por outro lado, a agência prevê que os déficits do governo geral devem continuar elevados, por conta da estrutura de gastos primários inflexível e da alta carga de juros no Brasil —a Selic (taxa básica de juros) está em 14,75% ao ano, maior nível em quase 20 anos.

Para a S&P, o arcabouço fiscal deve levar a iniciativas para enfrentar as fraquezas fiscais do país, mas não antes das eleições presidenciais de 2026.

A agência aponta que pode rebaixar a nota de crédito do Brasil nos próximos dois anos se a implementação de políticas não for capaz de conter a pressão dos gastos, levando a um aumento na dívida mais rápido do que o esperado. Diz, ainda, que uma deterioração nas sinalizações de políticas pode afastar investimentos estrangeiros e enfraquecer a posição externa do país.

Já uma elevação pode ocorrer se o país conseguir aumentar o superávit primário e reduzir a rigidez da estrutura orçamentária, ou seja, os gastos obrigatórios, reforçando a expectativa de redução de dívida e maior crescimento.

“Em nossa opinião, as políticas voltadas para a consolidação fiscal promoveriam um ambiente de taxas de juros mais baixas, contribuindo para o crescimento econômico”, diz a S&P.

Na última sexta (30), a agência de classificação de risco Moody’s Ratings alterou na perspectiva do rating soberano do Brasil de positiva para estável. A nota de crédito de longo prazo foi mantida em Ba1.

Segundo a Moody’s, a mudança na perspectiva refletiu a perda de fôlego dos fatores que vinham sustentando uma possível melhora na nota do país. A agência também citou o aumento expressivo do custo da dívida e a rigidez das despesas públicas, apesar do cumprimento das metas de resultado primário.

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