/ Jun 07, 2025

Empresários esperam avanço em reunião sobre IOF – 07/06/2025 – Mercado

Um dos principais assuntos de um encontro de empresários e políticos que acontece neste final de semana em Guarujá (SP) é a reunião entre as lideranças do Congresso e membros do governo Lula marcada para o domingo (8) para discutir medidas de equilíbrio das contas públicas em substituição ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Embora as lideranças da Câmara e do Senado estejam céticas em relação à expectativa de um acordo definitivo, as conversas dos empresários ainda carregaram mensagens otimistas nesta sexta-feira (6). Quando o aumento do imposto foi anunciado no fim do mês passado, um grupo de entidades empresariais pediu que os parlamentares tomassem uma atitude contra a medida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Com a entrada do Congresso através dos presidentes da Câmara, Hugo Motta [Republicanos-PB], e do Senado, Davi Alcolumbre [União Brasil-AP], levando apoio ao governo e propondo algumas medidas mais estruturantes para dar substância ao controle do déficit, parece que está acendendo uma luz verde”, diz Eugênio Mattar, presidente do conselho da Localiza, que participa do evento realizado pelo grupo de empresários Esfera Brasil neste fim de semana no litoral paulista.

Mattar critica o aumento do IOF anunciado pelo governo Lula, mas avalia que a tensão provocada pela medida pode estimular as discussões sobre a questão fiscal.

“Pareceu um desespero do governo, de fazer qualquer coisa e que ninguém pudesse se contrapor. Todo mundo se sentiu traído. Foi uma medida muito ruim, mas foi bom porque trouxe a indignação generalizada. E aí parece que o Congresso vai ajudar o governo a mostrar soluções diferentes, mais adequadas, com uma perspectiva de mais médio prazo”, diz o empresário.

Neste sábado (7) está previsto um discurso de Hugo Motta no evento do Esfera Brasil. Empresários e presidentes de empresas como João Adibe (Cimed), Diego Barreto (iFood) e Cristiano Pinto da Costa (Shell) também participam do evento.

Edgard Corona, presidente da Smart Fit, diz que prevê o encaminhamento de um acerto. “Independentemente de ser [governo] de direita, esquerda ou centro, tem obrigações. Acho que a história aqui é assim: ou reduz as obrigações ou aumenta a carga. Estão tentando achar uma solução, que é: ‘de onde eu acho o dinheiro?'”, diz o empresário.

“Dizem que, quem sabe, se tenha chegado ao limite de buscar essa fonte de equilíbrio. Quem sabe tenha que buscar alguma outra fonte em termos de economia, de deixar de fazer alguma coisa. Mas acho que vai sempre se ajustar, e o Brasil vai para a frente”, afirma Corona.

Pablo Cesário, presidente-executivo da Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), que reúnem empresas como Ambev, Alpargatas e JBS, reforça o apelo.

“Há uma grande expectativa, não só do empresariado, mas da sociedade civil, do que vem dessa construção conjunta entre o Congresso e o governo. Eu acho que o principal que a gente precisa refletir sempre é sobre como é feito o gasto público. Ele está sendo bem gasto com as pessoas certas, no que é justo? O caminho para discutir isso é pegar todas as avaliações de políticas públicas que já são feitas pelo Ministério do Planejamento, pelo TCU e por diversos órgãos de pesquisa para dizer onde cada real do contribuinte é melhor gasto ou pior gasto. Essa tem que ser a diretriz para garantir que o gasto público seja melhor”, diz Cesário.

A Abrasca foi uma das associações empresariais signatárias de um manifesto publicado no mês passado que pedia ao Congresso a derrubada do decreto do IOF, argumentando que a medida encarece o financiamento de empresas no momento em que as taxas de juros já estão elevadas.

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