A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Insano 3, que busca aprofundar as investigações sobre a atuação de intermediários na apresentação de documentos médicos falsos para obtenção indevida de benefícios assistenciais junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A investigação realizada pela PF foi inciada com a análise de dados apontando incongruências nos documentos médicos encaminhados ao setor de perícias médicas da Previdência Social.
Segundo o órgão, os atos praticados pelo grupo criminoso investigado constituem a possível prática dos crimes de estelionato previdenciário, falsidade ideológica e uso de documento falso.
A ação aconteceu em João Pessoa em parceria com a Inteligência da Previdência Social. A PF diz que a medida tem o objetivo de cumprir mandado de busca e apreensão expedido pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.
Também na manhã desta terça-feira, a PF deflagrou mais uma fase da Operação Ataktos, com objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar o BPC (Benefício Assistencial à Pessoa Idosa), destinado a venezuelanos em Roraima.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Boa Vista, Bonfim e Cantá, atingindo 14 investigados, incluindo servidores públicos e um médico.
As investigações apontam para a existência de um suposto grupo criminoso que atuava na obtenção fraudulenta do benefício por meio de agenciadores que cooptavam idosos venezuelanos ainda na Venezuela, falsificavam documentos e cadastros para garantir o acesso ao BPC. Após isso, muitos retornavam ao país de origem, mas continuavam recebendo o benefício irregularmente.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor de R$ 9 milhões. Os investigados poderão responder por estelionato majorado, associação criminosa e outros crimes que surgirem no curso das apurações.
O BPC é um auxílio pago mensalmente pelo INSS a idosos a partir de 65 anos ou pessoas com deficiências de qualquer idade que atendam as exigências previstas na Loas (Lei Orgânica de Assistência Social).
No caso, a polícia já havia explicado a identificação da atuação de diversos grupos criminosos, organizados e independentes, que obtinham o benefício de forma fraudulenta.