A JBS anunciou nesta quarta-feira (11) que adiou a data de estreia de suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) para sexta-feira (13), após não conseguir concluir certos procedimentos operacionais antes do prazo inicialmente previsto.

O início da negociação das ações da processadora de alimentos nos Estados Unidos era esperado para quinta-feira, mas sofreu atraso “em razão da impossibilidade de conclusão de determinados procedimentos operacionais necessários que estavam previstos para ocorrer na presente data, que envolvem uma série de diferentes prestadores de serviços, no Brasil e no exterior”, disse a JBS em fato relevante.

A empresa também informou que postergou em um dia, para 17 de junho, a data estimada para o pagamento de dividendos, antes prevista para 16 de junho.

A maior produtora de proteína animal do mundo aprovou em maio a dupla listagem das ações. As mudanças projetam uma escalada de ganhos para os acionistas, tendo em vista que, nos Estados Unidos, a base de investidores e de capital é mais ampla.

A companhia disse que segue listada na B3 através de BDRs (Brazilian Depositary Receipts, que são recibos que acompanham o valor das ações).

A família Batista, que fundou e ainda controla a JBS, tenta há mais de uma década listar as ações da empresa em Nova York, mas enfrentou vários contratempos, incluindo o escândalo de Lava Jato.

Em 2016, o plano também enfrentou oposição do braço de investimentos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o maior acionista fora da família Batista. Em março, o banco estatal, que vem reduzindo sua participação na JBS, concordou em se abster na votação da listagem dupla.

O plano de listagem dos EUA também enfrentou críticas de políticos e grupos ambientalistas, que levantaram preocupações sobre corrupção, concentração de mercado e riscos ambientais.