/ Jun 15, 2025

Emissão de gás: Empresa testa micróbio que come metano – 12/06/2025 – Mercado

Uma startup apoiada pela Amazon diz que teve sucesso em testes com micróbios que consomem metano e podem reduzir as emissões de fazendas com produção de leite.

A Windfall Bio concluiu um projeto-piloto onde os micróbios conhecidos como mems removeram mais de 85% do potente gás de efeito estufa da lagoa de esterco da fazenda.

O teste mostra um novo caminho para reduzir o impacto do aquecimento global da agricultura animal, que é responsável por quase um terço de todas as emissões de metano.

Os micróbios testados consomem metano e o transformam em fertilizante orgânico, o que pode ajudar a reduzir as emissões enquanto cria um subproduto que pode ser vendido com lucro.

No teste, um biorreator foi colocado ao lado de uma lagoa de esterco na fazenda Correia, permitindo que os mems consumissem o gás continuamente por mais de um mês.

A Straus, que fabrica leite, creme, iogurte e sorvete vendidos na Whole Foods, também participou dos testes. A vice-presidente de sustentabilidade da Whole Foods, Caitlin Leibert, disse que rede de supermercados que pertence à Amazon está trabalhando com fornecedores para reduzir as emissões de gases de efeito estufa produzidas em sua cadeia de suprimentos.

“Há um grande benefício climático [na redução do metano]”, comentou Josh Silverman, diretor executivo da Windfall Bio. O gás é mais de 80 vezes mais potente que o dióxido de carbono em um período de 20 anos. Silverman também disse que o fertilizante é um “valor agregado”, que os agricultores podem usar ou vender.

A Windfall Bio isola mems que vivem no solo, identificando cepas específicas que consomem metano mais rapidamente e produzem fertilizante de maior qualidade. “É o que eles normalmente fazem no solo, mas superalimentado”, afirmou Silverman.

Há um número crescente de tecnologias voltadas para as emissões de metano da agricultura. Os mems da Windfall Bio têm como alvo as lagoas de esterco, que são uma fonte menor do gás em comparação com os arrotos das vacas.

Para lidar com os gases emitidos pelo gado, as empresas estão desenvolvendo aditivos alimentares para reduzir as emissões, incluindo alguns que dependem de algas marinhas.

Grandes empresas de alimentos embalados como Danone e General Mills aderiram a uma aliança que prometeu recursos para reduzir o metano nas cadeias de suprimentos.

Os mems da Windfall Bio são especialmente atraentes para a Straus porque é uma fazenda orgânica certificada, e a tecnologia permite que continue a atender aos critérios, disse Joseph Button, vice-presidente de sustentabilidade e impacto estratégico da Straus.

A empresa tem como objetivo que todos os seus fornecedores de fazendas leiteiras tenham emissão zero até 2030, e a redução de metano na cadeia de suprimentos de laticínios é a “solução número um”, dado o papel desproporcional que desempenha nas emissões de laticínios, comentou Button.

Segundo o executivo, a Straus está interessada em fazer um teste mais abrangente e cinco fazendas na rede já manifestaram interesse em participar. Apesar disso, o custo para reduzir o metano de todas as fontes agrícolas globalmente continua sendo um empreendimento caro.

“Vai exigir um investimento significativo para fazer a transição do nosso sistema alimentar”, avaliou Hayden Montgomery, diretor do programa de agricultura do Global Methane Hub. “Há disposição, mas também precisamos estar cientes das limitações atuais das tecnologias ou práticas para realmente reduzir significativamente as emissões.”

A Windfall recusou-se a divulgar os custos de seu sistema, mas a empresa planeja construir unidades autossustentáveis para rebanhos de 100 vacas ou menos. Algumas tecnologias, como máscaras para vacas que capturam seus arrotos cheios de metano e aditivos alimentares, até agora não foram adotados, em parte devido aos custos adicionais e pouca pressão regulatória sobre as fazendas para reduzir as emissões de metano.

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