A linha de picapes Heavy Duty (serviço pesado) da RAM completa 20 anos no mercado nacional e recebe uma atualização do motor 6.7 V8 fornecido pela Cummins. A potência passa de 365 cv para 436 cv.
Com a mudança, os modelos 2500 e 3500, que são importados do México, se consolidam como as opções a diesel mais potentes do país. Ambas são tratadas como caminhões, exigindo carteira de habilitação categoria C para serem dirigidas.
A estreia comercial da nova motorização ocorrerá em setembro. A série 3500 Night Edition, apresentada nesta semana no Festival Interlagos, em São Paulo, traz a novidade sob o capô. O utilitário apresenta novos faróis, além de rodas e grade frontal pintadas de preto.
O preço ainda não foi divulgado. A opção atual é comercializada por R$ 514.990.
Os retrovisores externos foram projetados para o transporte de trailers e outros implementos, e por isso tem braços alongados. A capacidade de reboque é de 9 toneladas.
Tanta força e porte —são veículos com 6 m de comprimento, 2,1 m de largura e 3.600 kg— não fazem sentido no ambiente urbano, mas o sucesso é garantido no universo do agronegócio.
A linha RAM lidera as vendas entre as picapes grandes, concorrendo com a Ford F-150 e a Chevrolet Silverado. Não por coincidência, todas as opções são oferecidas por marcas americanas.
O diferencial da marca, que faz parte do grupo Stellantis, é justamente oferecer opções a diesel, enquanto as rivais são movidas a gasolina.
Do ponto de vista ambiental, o segmento não é nada “verde”. Por mais que a engenharia trabalhe na redução de consumo e emissões, são veículos de consumo elevado. Há ainda a rejeição de parte do público para soluções híbridas ou puramente elétricas.
Nos Estados Unidos, seu principal mercado, a RAM teve de voltar atrás na estratégia de oferecer apenas motores menores e mais eficientes, como o seis cilindros a gasolina que equipa a opção 1500 no Brasil.
Após queda acentuada nas vendas, a marca voltou a oferecer os motores Hemi V8, que oferecem até menos potência, mas são vistos como referência de robustez por grande parte dos consumidores do segmento.
No Brasil, as versões a diesel podem ter fila de espera, principalmente na região Centro-Oeste, segundo informações da marca RAM. É raro que haja modelos disponíveis para pronta entrega.